Um total de 15.640 famílias vulneráveis nas zonas afetadas pelo ciclone Kenneth em Cabo Delgado vão receber apoios para a recuperação resiliente dos meios de subsistência, indica uma nota do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O apoio, que resulta de uma colaboração entre o PNUD e o Governo moçambicano, vai abranger “populações mais vulneráveis dos distritos de Metuge, Ibo e Pemba”, refere a nota do PNUD distribuída à comunicação social.

“As intervenções planeadas começam com a criação de empregos temporários e a identificação de instalações produtivas na comunidade que possam ser priorizadas e reabilitadas pela comunidade beneficiária”, lê-se no documento.

Além de famílias afetadas pelo ciclone Kenneth, o apoio vai abranger populações que fugiram da violência armada nos distritos de Macomia, Quissanga e ilha do Ibo, mais a norte de Cabo Delgado, onde incursões de grupos classificados como uma ameaça terrorista provocaram a morte de, pelo menos, 1.059 pessoas e obrigaram à fuga de outras 250 mil desde outubro de 2017.

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A iniciativa, designada Programa Mecanismo de Recuperação (MRF), já estava a ser implementada em Sofala, outra província moçambicana abalada por um ciclone em 2019.

“As atividades do Mecanismo de Recuperação estão a ser implementados com sucesso na província de Sofala desde setembro de 2019. Elas têm um impacto positivo na vida das comunidades mais vulneráveis”, acrescenta a nota.

O MRF, orçado em 1,2 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros), é financiado pela União Europeia, Canadá, China, Finlândia, Holanda, Índia e Noruega.

O ciclone Kenneth atingiu o norte de Moçambique em abril de 2019, provocando 45 mortos e afetando cerca de 250 mil pessoas.

Pouco tempo antes do Kenneth, em março, o centro do país foi afetado pelo ciclone Idai, que matou 604 pessoas e afetou outras 1,8 milhões de pessoas.