O anúncio foi feito pelo Facebook: “Estou preocupado com os desafios que o nosso país enfrenta em termos de infraestruturas para realizar as eleições deste ano devido à pandemia da Covid-19”. Daí que o magnata norte-americano detentor da rede social mais famosa do mundo tenha tomado uma decisão: doar um total de 300 milhões de dólares (cerca de 251 milhões de euros) a duas organizações não-partidárias para ajudar o processo eleitoral e para não haver números elevados de abstenção sob o pretexto da pandemia. As eleições norte-americanas, que opõem Donald Trump a Joe Biden estão marcadas para novembro deste ano.

I'm concerned that our country's election infrastructure faces many new challenges this year because of the Covid…

Posted by Mark Zuckerberg on Tuesday, September 1, 2020

A doação é feita em nome próprio, não só de Mark Zuckerberg, como também da mulher, Priscilla Chan. 250 milhões de dólares (209 milhões de euros) vão ser doados ao Centro de Tecnologia e Vida Cívica para “financiar a contratação e formação de pessoal, o aluguer de locais de votação, a compra de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores das mesas de voto, contratação de staff temporário, e muito mais” e 50 milhões (42 milhões de euros) destinam-se ao Centro para a Inovação e Investigação Eleitoral, que irá “às sedes de campanha de todo o país garantir que os sistemas eleitorais dos vários estados são seguros e que as pessoas estão informadas das regras de segurança”, explica Zuckerberg.

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“Vai haver níveis históricos de votação por correspondência e uma necessidade acrescida de funcionários e de equipamentos para apoiar a votação sem contacto físico. Há gente em todo o país a trabalhar arduamente para garantir que toda a gente pode votar e que todos os votos vão ser contabilizados — e nós queremos ajudar a garantir que têm todos os recursos de que precisam para que isso aconteça”, explica o milionário norte-americano na publicação no Facebook.

Além deste apoio a título pessoal, Zuckerberg lembra que o Facebook — a empresa — já está a trabalhar “na maior campanha de registo para votação da história da América”, com o objetivo de ajudar mais de 4 milhões de pessoas a registar-se para votarem à distância.

“O voto é a forma última que temos para avaliar os nossos líderes e para garantir que o nosso país está a ir na direção que queremos”, lê-se ainda na publicação, onde Zuckerberg acrescenta que é “fundamental para a democracia que todos tenhamos confiança na integridade e na legitimação das nossas eleições”. Para isso, diz, é preciso que haja “confiança nas infraestruturas para garantir que cada votante consegue que o seu voto seja ouvido”.