Depois de o Departamento de Comércio norte-americano ter emitido uma ordem para impedir novos downloads da app TikTok a partir de domingo, a rede social e a empresa à qual pertence (a chinesa Bytedance) avançaram com mais um processo judicial contra Trump. O objetivo é tentar evitar que a proibição prossiga, segundo o The Wall Street Journal. O presidente dos EUA já deu, entretanto, a sua “benção” ao negócio entre a Oracle e a app chinesa, o que poderá querer dizer que a proibição fica suspensa, explica o The New York Times.

“Dei a minha benção ao acordo”, disse Donald Trump aos jornalistas, à saída da Casa Branca. “Se eles conseguirem terminar [o acordo] ótimo, senão também está bom para mim”, referiu, acrescentando que a sede da nova empresa — que sairá deste acordo — “muito provavelmente será localizada no Texas”.

Downloads das apps TikTok e WeChat proibidos nos EUA a partir de domingo

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O processo da ByteDance deu entrada no tribunal federal de Washington D.C e a ByteDance acusa a administração de Donald Trump de ter ultrapassado os seus limites de atuação e violado princípios como o da liberdade de expressão: “Tomou esta ação extraordinária de proibir uma plataforma popular de comunicação e de partilha de informações sem oferecer aos seus proprietários o devido processo legal e [fê-lo] por razões políticas, em vez de ter sido por uma qualquer ‘ameaça incomum e extraordinária’ aos Estados Unidos”.

A partir de domingo, 20 de setembro, está proibida “qualquer prestação de serviço para distribuir ou manter as apps móveis WeChat ou TikTok, código constituinte ou atualizações das apps por meio de uma loja de aplicativos móveis online nos Estados Unidos”. Em causa, segundo a administração de Donald Trump, está a “segurança nacional” do país, porque o presidente acredita que estas empresas cedem dados dos utilizadores americanos ao Partido Comunista Chinês.

Esta ordem pode ser rescindida antes de domingo, se o TikTok fechar de vez o acordo que está a negociar com a empresa norte-americana Oracle, que escolheu para ser sua “parceira tecnológica” nos EUA. Na corrida pela aplicação chinesa, estava ainda a gigante Microsoft, mas esse acordo não prosseguiu.