Pelo terceiro dia consecutivo, registaram-se mais de 1.000 novos casos de Covid-19 em Portugal. Neste sábado, muito mais de mil: 1.646 infeções confirmadas nas últimas 24 horas – um novo máximo diário que supera os 1.516 casos que desde 10 de abril marcavam o recorde da pandemia (embora nesse dia tenha havido ajustes na contagem que, na realidade, fazem com que já tenha havido um recorde de novas infeções nesta última sexta-feira). Segundo o boletim da DGS divulgado este sábado, o número de casos ativos também saltou para bem mais de 30 mil.
Segundo os dados da Direção-Geral de Saúde (DGS), havia à meia-noite deste sábado 30.704 casos ativos em Portugal, um número que se obtém subtraindo ao total de infeções (85.574) o número de recuperados (52.803) e, também, os óbitos (2.067). Este aumento dos casos ativos, que eram cerca de metade há pouco mais de um mês, explica-se sobretudo porque o ritmo de novas infeções confirmadas está a superar largamente o número de doentes dados como recuperados (639 nestas últimas 24 horas).
Baixou, porém, o número de óbitos registados nas últimas 24 horas e que foram atribuídos pelas autoridades de saúde à infeção por Covid-19. Foram mais cinco vítimas mortais – na véspera tinham sido 12 pessoas a morrer e no dia anterior 10. Nas 24 horas até à meia-noite deste sábado, porém, verificou-se uma morte de um doente que tinha entre 50 e 59 anos. Há, também, um óbito de alguém na casa dos 70 anos e três com mais de 80 anos.
Uma das mortes foi no Algarve, região que passou a registar 21 óbitos até ao momento. As duas mortes na região de Lisboa e Vale do Tejo (824, até agora) e as duas no norte (910, no total) completam o registo de vítimas mortais nas últimas 24 horas, segundo os dados oficiais.
Pelo oitavo dia consecutivo subiu, também, o número de doentes em internamento hospitalar. À meia-noite deste sábado eram 831, segundo os dados da DGS, mais 20 do que na véspera e a contagem mais elevada desde 8 de maio.
O melhor indicador de aumento repentino da pressão sobre o sistema de saúde, na área da Covid-19, é que há um mês – a 10 de setembro – existiam 406 pessoas internadas em hospital, ou seja, este número mais que duplicou no espaço de cerca de quatro semanas.
Reduziu-se, porém, o número de doentes em unidades de cuidados intensivos – esse número baixou para 122 (menos 3), o mesmo número que havia a 9 de maio.
Os dados mostram, também, que parece estar a acelerar a prevalência do norte do país na contabilização de novos casos de infeção.
Entre os 1.646 novos casos de infeção confirmada pelo novo coronavírus, 920 foram registados na zona norte do país – que já ontem tinha sido a região com mais casos registados. Esta é uma tendência em aceleração, já que neste sábado a percentagem do norte nos novos casos foi de quase 56% do total.
Houve, também, 546 novos casos na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 155 no centro e oito novos casos tanto no Alentejo como no Algarve. Mais dois casos nos Açores e sete na Madeira completam a contabilização.