O aeroporto de Heathrow, em Londres, anunciou esta quarta-feira que perdeu a sua posição de número um na Europa pela primeira vez em termos de número de passageiros transportados, em benefício do aeroporto parisiense Roissy-Charles de Gaulle.

Heathrow é agora seguido de perto pelos aeroportos Amsterdam Schiphol (Holanda) e Frankfurt, (Alemanha).

O aeroporto foi penalizado na sequência da quarentena imposta pelo Reino Unido a passageiros de vários países, bem como pela implementação de testes de saúde aos seus concorrentes.

Um total de 19 milhões de passageiros usaram o aeroporto nos primeiros nove meses do ano comparativamente aos 61 milhões no período homólogo de 2019.

Em todo o ano de 2020, o aeroporto prevê transportar 22,6 milhões de passageiros e 37,1 milhões em 2021, muito longe das suas previsões antes da crise sanitária.

“O Reino Unido está a ficar para trás porque temos sido muito lentos a adotar os testes aos passageiros. As autoridades europeias agiram mais rápido e as suas economias estão a ser beneficiadas”, disse o diretor-executivo do aeroporto de Heathrow, John Holland-Kaye.

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O aeroporto espera, entretanto, poder beneficiar da promessa do Governo britânico de introduzir um teste para chegadas internacionais até 1 de dezembro.

Este dispositivo, que não convence as companhias aéreas, deve permitir reduzir de 14 dias para uma semana o período de quarentena imposto pelo Reino Unido a muitos países.

O aeroporto de Londres, localizado a oeste da capital britânica, era antes da pandemia de Covid-19 o número um indiscutível da Europa, com uma grande clientela turística ou de negócios.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.