Entre os 112 que já recuperaram e os 55 que ainda estão infetados, contas feitas, as prisões portuguesas já registaram 167 casos de Covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados fornecidos ao Observador pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Atualmente, são 55 os casos de infeções ativos nos Estabelecimentos Prisionais portugueses, sendo a maioria trabalhadores. Do total, há 17 reclusos infetados e dois jovens internados em centros educativos que também testaram positivo. Os restantes são 36 trabalhadores do sistema prisional: 21 guardas, cinco profissionais de saúde, três professores, três técnicos profissionais de reinserção social, dois auxiliares técnicos, um técnico superior de reeducação e um motorista.

Em duas semanas, houve um aumento 11 novos casos: no passado dia 19 de outubro, havia 44 casos positivos de Covid-19 no sistema prisional português, segundo avançava a Renascença. Desses, 21 eram trabalhadores e 23 eram reclusos. Isto significa que nas duas últimas semanas as infeções concentram-se não tanto nos reclusos — em relação aos quais até se verificou uma diminuição de casos ativos —, mas sim nos trabalhadores.

Ainda assim, a DGRSP garante ao Observador que “não há qualquer surto de Covid-19 ativo em nenhum estabelecimento prisional” e que os reclusos infetados são casos de pessoas que entraram no sistema prisional vindos da liberdade ou que estiveram no exterior em saídas precárias.

Os reclusos positivos, genericamente provindos da sociedade (vindos da liberdade e/ou de saídas jurisdicionais), são afetos a distintos estabelecimentos prisionais”, disse fonte da DGRSP ao Observador.

Desde o inicio da pandemia em Portugal, o sistema prisional já teve mais infetados. Até ao momento, já recuperaram da doença e testaram negativo 112 pessoas: 56 trabalhadores, 54 reclusos e 2 jovens internados em centros educativos. O que perfaz o total de 167 casos de Covid-19 desde março.

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