Marta Temido confirmou esta quinta-feira que 253 ventiladores dos 966 comprados a fabricantes chineses ainda não estão operacionais e continuam em fase de testes nos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais.

No decorrer da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 e após uma pergunta de João Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal), a ministra da Saúde revelou que os equipamentos continuam inutilizáveis e revelou o motivo: falta uma peça que “não veio de origem e que está a escassear no mercado internacional”.

Já tinha sido noticiado a 19 de outubro que os ventiladores estavam a ser inspecionados e certificados por especialistas. O Ministério da Saúde confirmou, na altura, que os aparelhos em causa estavam “em processo de verificação e testagem”.

Existem 253 ventiladores que ainda não chegaram aos hospitais portugueses. Estão a ser testados

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O Governo adquiriu 966 ventiladores e 713 estão já operacionais. A 2 de outubro, na conferência de imprensa de ponto de situação da Covid-19, Diogo Serras Lopes também garantiu que os ventiladores que faltavam estavam “a ser testados e em vias de ser distribuídos” e que não antevia que fosse “necessária uma aquisição centralizada”.

Hospitais com 70% a 80% de ocupação, mas com agora com 1855 ventiladores

Os ventiladores são dos equipamentos médicos mais decisivos na resposta à Covid-19 em contexto clínico, sendo utilizado para responder a casos mais graves da doença provocada pela infeção com o novo coronavírus.

Portugal registou 4.410 casos de Covid-19 esta quinta-feira. 25 pessoas foram hospitalizadas e há 320 pessoas nos cuidados intensivos.