A União Europeia (UE) é quem mais tem contribuído para a resposta global ao coronavírus, numa “diplomacia da saúde” que vai ao encontro das expetativas dos cidadãos europeus, afirmou esta sexta-feira a secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

Ana Paula Zacarias, que falava no Seminário de Defesa Nacional sobre “A UE como um ator na geopolítica global”, sustentou que “a União, neste momento, é a entidade que mais tem contribuído para o mecanismo de resposta global ao coronavírus”, que junta cerca de 40 países e já reuniu 16 mil milhões de euros para testes, tratamentos e investigação de vacinas.

Além desse mecanismo, apontou, a UE “ajudou a pôr de pé o Covax, a iniciativa global para criar um portfólio muito abrangente de vacinas no mundo”, em que participam 186 países, organizações não-governamentais, dirigentes empresariais e filantropos.

Portanto há uma clara ação da UE nesta matéria da saúde global, de encontrarmos respostas a esta pandemia“, disse, sublinhando a posição europeia de que as vacinas devem ser para todos e devem ser acessíveis a todos”, um “acesso justo aos medicamentos” que, assegurou, é “uma das prioridades da presidência portuguesa da UE, no primeiro semestre de 2021.

Para a governante, a profunda interconexão mundial nesta matéria abre também a importância de “olhar de uma forma nova para a agenda da saúde na UE”.

Todos sabemos que a saúde e a saúde pública são responsabilidade dos Estados-membros, mas os cidadãos europeus não veem essa fronteira e acham que a UE tem de fazer mais e deve fazer mais nesta matéria”, frisou.

A pandemia, como o nome indica, é mundial, necessita da cooperação de todos, todos no seu conjunto a trabalhar, e esta é uma área onde a UE sem dúvida pode ter influência a nível mundial”.

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