António Filipe Pimentel é o novo diretor do Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A escolha do antigo diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) e professor da Universidade de Coimbra para substituir Penelope Curtis foi anunciada esta quinta-feira em comunicado, pela Fundação Calouste Gulbenkian. Benjamin Weil, curador e crítico de arte francês, atual diretor artístico do Centro Botín, em Santander, será responsável pelo Centro de Arte Moderna (CAM).

António Filipe Pimentel e Benjamin Weil foram selecionados “na sequência de um processo de recrutamento internacional. Este processo, levado a cabo pela Fundação Calouste Gulbenkian nos últimos meses, foi realizado com o apoio de uma empresa internacional especializada em recrutamento para instituições culturais”, informou a fundação, acrescentando: “A decisão do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian teve em conta o perfil de excelência dos dois candidatos e a sua adequação à especificidade do Museu Calouste Gulbenkian e do Centro de Arte Moderna”.

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“Numa altura em que vão iniciar-se as obras de renovação do Centro de Arte Moderna, que darão forma ao projeto desenhado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, a entrada de dois novos diretores representa um reforço do investimento da Fundação quer no Museu Calouste Gulbenkian quer no Centro de Arte Moderna”, disse ainda a fundação.

Benjamin Weil “foi escolhido para definir o rumo do novo ciclo de vida do Centro de Arte Moderna que, em 2022, reabrirá com um fôlego e programação renovados depois das obras de ampliação a Sul do Jardim Gulbenkian”. O centro tinha sido extinto em 2016, quando era diretora a britânica Penelope Curtis, passando a estar sob a alçada do Museu Gulbenkian. Curtis deixou este ano a Gulbenkian, lamentando-se em entrevista ao Público que são precisos mais do que cinco anos para mudar um museu e avançando a hipótese de que a administração da Fundação Calouste Gulbenkian gostaria de ver as duas coleções novamente separadas.

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Segundo o comunicado, Weil mostrou-se “encantado por poder integrar a missão generosa da Fundação Gulbenkian através do Centro de Arte Moderna” e considerou que as obras de extensão do edifício “oferecem uma oportunidade para a instituição se reinventar e construir um futuro dinâmico, criar e estreitar laços de colaboração com outras áreas da Fundação, e explorar novos modos de se dar a conhecer e de atrair novos públicos”.

António Filipe Pimentel, que foi diretor do MNAA durante nove anos, durante os quais foi responsável por uma renovação do espaço museológico, referiu o “desafio, naturalmente irresistível” de projetar a sua experiência “ao serviço do estudo, preservação e divulgação de uma coleção de referência internacional, para cuja salvaguarda foi criada uma das mais prestigiosas instituições do seu género em todo o mundo”, citou a mesma nota. Pimentel deixou de ser diretor do MNAA em 2019.

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