O primeiro-ministro, António Costa, vai delegar no ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a gestão da maioria dos assuntos relacionados com a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que decorre durante o primeiro semestre de 2021.

A informação é avançada esta quarta-feira pelo jornal Público, que explica que António Costa tomou esta decisão com o objetivo de se focar na gestão direta da crise da Covid-19 em todas as frentes — incluindo o programa de vacinação e as respostas económicas e sociais.

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Citando fontes do Governo, o Público diz que a pandemia da Covid-19 obrigou Costa a rever os planos que tinha para os diferentes momentos da governação, o que incluiu adiar para 2022 uma remodelação governamental inicialmente prevista para o verão de 2021 e reorientar as prioridades dos membros do Governo.

Entre os grandes desafios contam-se a campanha de vacinação, que deverá ocupar essencialmente o segundo e o terceiro trimestres do ano, e o plano de recuperação económica e social, que implicará a gestão dos fundos europeus.

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Isto levará a que o ministro dos Negócios Estrangeiros assuma um papel de protagonista na gestão dos atos diários relacionados com a presidência portuguesa da UE. António Costa deverá dedicar apenas um dia por semana aos assuntos europeus, com a agenda a ser concentrada para que todos os assuntos que exigem a presença do primeiro-ministro possam ser realizados no mesmo dia.

Por outro lado, no plano interno, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, continuará a supervisionar os apoios económicos e sociais no âmbito da pandemia.