O Presidente e recandidato a Belém voltou este sábado a falar, agora de forma mais clara, do caso da vigilância dos jornalistas mandado por uma procuradora do Ministério Público e em como ele diz respeito “a um período anterior ao mandato da atual procuradora-geral da República”, nomeada por si. E defende que a antecessora, Joana Marques Vidal, seja ouvida nos inquéritos.

Em entrevista à Rádio Renascença e ao jornal Público, Marcelo foi claro: “Tudo o que possa e deve ser esclarecido, tocando direito que são fundamentais num quadro de um Estado de Direito democrático, deve ser esclarecido, tendo presente esta sensibilidade que é, ainda por cima reportar-se a um período que não é o atual, é um passado e obriga a um esclarecimento sempre salvaguardando que os responsáveis da época, não sendo os de hoje, não podem ser envolvidos sem serem ouvidos“. Portanto, a anterior responsável máxima pelo Ministério Público que o candidato e Presidente nunca nomeia nesta entrevista.

Recorde-se que Joana Marques Vidal foi substituída como procuradora-geral da República em setembro de 2018, com o Presidente a nomear, por indicação do Governo, Lucília Gago para a substituir. Uma alteração que foi criticada sobretudo à direita (eleitorado de Marcelo) que defendia a manutenção de Marques Vidal.

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