A partir desta semana o Facebook vai passar a mostrar menos conteúdos de cariz político a uma pequena percentagem dos seus utilizadores no Canadá, Brasil, Indonésia e Estados Unidos. A redução temporária deste tipo de publicações é uma medida de teste que deverá perdurar ao longo dos próximos meses, anunciou a rede social esta quarta-feira.

“Durante estes testes iniciais, iremos explorar diferentes maneiras de ordenar o conteúdo político nos feeds das pessoas, para decidirmos as abordagens que iremos usar no futuro”, adiantou Aastha Gupta, diretora de Gestão de Produtos do Facebook, numa publicação no blog da empresa.

O objetivo é melhorar o feed da rede social e encontrar um “equilíbrio no conteúdo que as pessoas desejam ver”, uma vez que “as pessoas não querem que o conteúdo político assuma um papel de destaque”, esclareceu Gupta.

Contudo as informações e publicações sobre a Covid-19 provenientes de entidades oficiais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), estarão isentas desta redução.

O CEO da gigante das redes sociais, Mark Zuckerberg já tinha dado a entender no final de janeiro que a plataforma estava a considerar diminuir a quantidade de conteúdos políticos. “Uma das principais queixas que temos ouvido de nossa comunidade, é que as pessoas não querem que a política se aproprie de sua experiência nos nossos serviços”, disse na altura o líder do Facebook.

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Esta decisão vem na sequência das crescentes críticas de várias organizações que acusam a rede social de beneficiar com a desinformação, bem como de dar voz à extrema direita, tendo permitido a disseminação de informações falsas durante as eleições norte-americanas, indica a CNN.

Facebook acusado de lucrar com a desinformação sobre a pandemia

Apesar disso, Aastha Gupta garante que o conteúdo político representa apenas 6% da totalidade das publicações que os utilizadores norte-americanos veem no Facebook.