Os alunos que vivem, sobretudo, nas freguesias de Serro Ventoso e São Bento, Porto de Mós, continuam a ter de se deslocar à escola para terem aulas, devido à falta de rede de internet. Entre alunos que “não têm condições para ter aulas em casa” e os estudantes sem internet, no concelho de Porto de Mós, no distrito de Leiria, há 32 alunos a ter aulas presenciais nas escolas dos agrupamentos de Mira de Aire e de Porto de Mós, disse à Lusa a vereadora Telma Cruz. A este número acrescem ainda quatro alunos do Instituto Educativo do Juncal.

“Temos falado com as escolas e esta primeira semana foi mais de adaptação e de perceber as necessidades. Os alunos que não têm apoio ou internet estão a ter aulas presenciais com professores a dar apoio”, acrescentou. Segundo a autarca, o Município de Porto de Mós, no distrito de Leiria, disponibilizou 160 ‘tablets’ que acrescem aos equipamentos que os agrupamentos tinham.

“Reforçámos a distribuição de ‘routers’, com um cartão de 75 ‘gigabytes’ de velocidade, o que vai reforçar a internet nas zonas mais complicadas e ajudar as famílias dos escalões A e B [da Ação Social Escolar]. Se for necessário, também disponibilizaremos material fotocopiado e transporte para a escola, assim como estão asseguradas as refeições”, revelou ainda.

Durante esta fase de confinamento, “estão a ser oferecidos às famílias com mais dificuldades cabazes com secos, frescos e produtos de higiene“, adiantou Telma Cruz, lembrando que as refeições aos alunos dos escalões A e B continuaram a ser entregues. A vereadora recordou que o Município de Porto de Mós “reforçou todas as escolas com fibra ótica, o que permite um acesso mais rápido” à internet.

No primeiro confinamento, quando as escolas encerraram em março de 2020, os alunos de Porto de Mós depararam-se com o problema de frequentarem as aulas síncronas por falta de rede. A situação repete-se agora, uma vez que o problema só no final do ano deverá estar resolvido.

O presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala (PSD), disse também à Lusa que o contrato realizado com a Altice, em julho do ano passado, “só irá garantir a instalação de fibra ótica no concelho no final do ano”. “O investimento nas redes de telecomunicações da Altice previsto para as dez freguesias do concelho está a ser efetuado, mas não está concluído e ainda há zonas com dificuldade de rede”, constatou.

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