“Um cabal e urgente esclarecimento”. É isto que o Benfica pede esta segunda-feira, na mais recente newsletter publicada no site do clube, onde deixa três questões que requerem uma “resposta urgente”. As três perguntas estão relacionadas com a arbitragem da partida deste domingo contra o Moreirense, liderada por Manuel Oliveira, num jogo onde os encarnados empataram e voltaram a perder pontos na Primeira Liga.
[Ouça aqui a análise de Pedro Henriques, comentador de arbitragem da Rádio Observador, à atuação de Manuel Oliveira:]
“Erro claro do VAR”: dois penáltis por marcar para o Benfica na pior nota de sempre no Sem Falta
“Por que razão, tendo sido assinalado um penálti sobre o jogador Weigl — um decisão consonante entre árbitro e assistente –, decidiu o VAR intervier, apesar de não ter havido um erro factual, objetivo e evidente tal como justifica o protocolo?”, começa por questionar o Benfica, que no início do comunicado indica que tem “demonstrado uma postura construtiva e credibilizadora na defesa do espectáculo e da promoção do futebol português” desde o início da época e que é precisamente isso que obriga à colocação destas perguntas. Em causa está então o lance do minuto 63: Manuel Oliveira começou por assinalar penálti de Filipe Soares sobre Weigl mas reverteu a decisão depois de consultar as imagens do VAR, acabando por admoestar o alemão com um cartão amarelo por simulação, algo que o deixa de fora do próximo jogo com o Farense.
A segunda pergunta da newsletter é novamente sobre o mesmo lance. “As imagens mostradas ao árbitro para apreciação do lance em que assinala penálti sobre Weigl incluíram o ângulo da câmara da baliza e de topo que revelam, de forma evidente, o toque no pé do jogador do Benfica? Se não foram incluídas, por que razão foram sonegadas?”, perguntam os encarnados, terminando com uma terceira questão relacionada com uma jogada que envolveu Vertonghen. “Por que razão o VAR não dá indicação ao árbitro para ver o lance de penálti claro sobre Vertonghen, ocorrido aos 60 minutos?”, pergunta, sobre o momento em que os encarnados ficaram a pedir grande penalidade de Rosic sobre o central belga, aos 60 minutos.
Taarabt, um bispo com duas torres sem rei nem roque (a crónica do Moreirense-Benfica)
“Para além de um cabal e urgente esclarecimento destes factos, o Sport Lisboa e Benfica relembra que ficaram grandes penalidades por assinalar nos jogos frente ao Nacional da Madeira e Vitória de Guimarães, erros que somados custaram seis pontos ao Benfica nas últimas três semanas da competição”, termina o clube. Já este domingo, na sequência do empate em Moreira de Cónegos, Jorge Jesus tinha recordado que o Benfica ainda não beneficiou de qualquer grande penalidade no Campeonato desde o início da temporada.
