São duas soluções diferentes, com o mesmo objetivo: ajudar os alunos a recuperar o que ficou perdido durante o ensino à distância. Um pouco por todo o mundo, a discussão começa agora a ser feita, com alguns países a testar as primeiras experiências no terreno. Em Portugal, um grupo de investigadores da Universidade Nova publicou o seu contributo para esta discussão: com programas de tutoria e escolas de verão é possível recuperar as aprendizagens. No cenário que implica maior investimento, custará 1.574 euros oferecer a um aluno estas duas possibilidades. O ganho pode ser superior a um ano de aprendizagem.
As tutorias, defende a equipa de investigadores, podem equivaler a um ganho de 3 a 15 meses se o programa se estender no tempo entre 12 a 20 semanas. Já as escolas de verão podem permitir uma recuperação correspondente a três meses de aprendizagens. Em qualquer um dos casos, os programas são mais eficazes para alunos de meios socioeconómicos mais desfavorecidos, que são também os mais vulneráveis à perda de aprendizagens.
As propostas são também acompanhadas de orçamento. O valor total que o Governo terá de desembolsar se decidir avançar com estas ideias é o equivalente a 3% do orçamento da educação para 2021 (se optar pela solução minimalista) ou 10%, se quiser chegar a mais estudantes.
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