Foi em pleno Jardim das Oliveiras, bem próximo da famosa Torre dos Clérigos, que Vladimiro Feliz apresentou oficialmente a sua candidatura à Câmara Municipal do Porto, onde foi vereador e vice-presidente, entre 2006 e 2013. Diz regressar “orgulhoso do legado deixado” e garante ter deixado “uma cidade mais coesa e com mais qualidade de vida”. O também antigo vice-presidente da autarquia não se sente segunda escolha por Paulo Rangel ter sido convidado primeiro (e declinado o convite) e avisa que nem quer ouvir falar em acordos com Rui Moreira.

O social-democrata e homem de confiança de Rui Rio, deixa críticas à atual governação do independente Rui Moreira. “A cidade foi gradualmente entrando em modo câmara lenta, perdendo o ADN reformista e transformador que tanto caracteriza o Porto e os portuenses. Não soube aproveitar a oportunidade, ainda mais com a vantagem de ter herdado uma casa arrumada e com as contas em ordem.” O candidato defende, por isso, um Porto inclusivo, com visão de futuro, sustentável, “que saiba acolher, mas que ponha o seus em primeiro lugar”.

“Uma cidade que garanta que os jovens portuenses não tenham que abandonar o Porto quando procura habitação próprio por não terem uma oferta de habitação equilibrada, uma cidade segura capaz de proteger os seus e aqueles que nos visitam Um Porto de contas certas, que nos garanta a liberdade de em qualquer momento podermos tomar as nossas decisões de forma autónoma.”

Sobre a possibilidade de ser vereador com pelouros, caso Rui Moreira não alcance a maioria absoluta nas próximas eleições autárquicas, Vladimiro Feliz rejeita completamente esse cenário. “Não contem comigo para isso, teria seguido outro caminho que não este.” O caminho parece ser mesmo ganhar e caso não consiga, será uma “derrota pessoal”. “Venho para ganhar, se não ganhar é uma derrota pessoal.”

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Depois de um convite público a Paulo Rangel para liderar uma candidatura ao Porto, recusado pelo próprio, Vladimiro Feliz não vê a escolha de Rio como secundária. “Sinto que sou a escolha do meu partido e dos órgãos locais, sinto a confiança da estrutura partidária. É público que houve esse convite, ainda não falei com o dr. Paulo Rangel, mas ficando ele a saber desta alternativa, certamente ficou mais confortável. Estou aqui de corpo e alma para fazer das tripas coração pelo Porto e para ajudar aquela que é a minha cidade.”

Sem levantar muito o véu das suas propostas, que garante serem “conhecidas ao longo do tempo”, o social democrata sublinha a vontade de “recuperar a credibilidade do Porto a nível nacional e internacional e o espírito reformador e transformador que o a cidade sempre teve.”

Para o candidato é necessário que a cidade reencontre o seu “ADN reformista e transformador”, que “não pode estar em modo câmara lenta”, conseguindo uma agenda “onde todos os portuenses se sintam incluídos”. “Queremos o Porto a ser Porto e a ocupar um espaço que sempre foi seu, o de marcar o ritmo do desenvolvimento nacional, com o seu espírito empreendedor, reformador e transformador.”

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Aos 47 anos, o engenheiro mecânico assume que a sua falta de visibilidade e exposição política “é um desafio” que, acredita, irá vencer. “É um desafio que sei que vou vencer quando começar a trazer aos portuenses aqueles que são os projetos que desenvolvi enquanto estive na câmara do Porto, que muito lhes dizem e, de certa forma, foram sendo apagados da história. Estamos aqui também para reescrever a história e para reavivar a memória dos portuenses.” Vladimiro Feliz sublinha que é um homem “mais de fazer do que de falar”. “Sou mais de fazer do que falar, se tivesse sido comentador ao longo dos últimos tempos, todos me conheceriam, mas estive a trabalhar.”

O candidato promete “disponibilidade, trabalho, transparência, superação e seriedade”, garantindo fazer jus ao seu apelido invulgar. “É por ser um portuense de corpo e alma que sinto feliz por estar de volta.”