O Rapper DMX, de 50 anos, morreu esta sexta-feira no hospital de White Plains, em Nova Iorque, de acordo com um comunicado emitido pela família do artista.

O rapper estava internado desde o início de abril e ligado a aparelhos de suporte de vida, devido a problemas cardíacos associados ao consumo de drogas. No dia 2 de abril teve um “ataque cardíaco catastrófico”, como descreveu a família na altura, que o obrigou ao internamento imediato. Permaneceu estes dias em estado vegetativo, acompanhado de perto pelos membros mais próximos.

“O Earl era um guerreiro e lutou até ao fim”, disse a família, citada pelo New York Times. “Amava a família com todo o seu coração, e relembraremos sempre com carinho os tempos passados com ele”.

Uma figura intensa e musculada, como o descreve o New York Times, Earl Simmons — nome verdadeiro — teve alguns dos seus álbuns entre os “hits” musicais nos finais dos anos 90 e início da década de 2000. “It’s Dark and Hell is Hot”, lançado em 1998, é exemplo disso, tendo chegado ao topo da lista da Billboard, transformando-se num sucesso comercial que durou vários anos. DMX é considerado uma das figuras mais obscuras do hip-hop.

Nascido em Baltimore, a 18 de dezembro de 1970, cresceu com a mãe e os irmãos e irmãs no subúrbio norva-iorquino de Yonkers, onde era frequentemente espancado. “Não tive propriamente infância », confessou à revista Rolling Stone em 2000: “Foi sempre escuro e deprimente connosco”.

Ganhou reputação de criança difícil, conhecido pelas explosões de raiva e passou boa parte da infância em casas de acolhimento. Desde os 14 anos que passou períodos na prisão, cometeu vários roubos e teve problemas com drogas, que o acompanharam toda a vida, tendo realizado uma cura de desintoxicação em 2019.

Mesmo depois de célebre, continuou a ter problemas com a justiça, com acusações de posse de estupefacientes, maus tratos a animais, condução perigosa, não pagamento de pensão alimentar e fingiu mesmo ser um agente federal. Em novembro de 2017, foi condenado por fraude fiscal, por impostos não entre 2000 e 2005. Cumpriu um ano de prisão e teve de restituir 2,3 milhões de dólares.

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