Os primeiros dois eventos-teste destinados a preparar o regresso dos espetáculos ao vivo com um grande número de espectadores vão decorrer em Braga nos dias 29 e 30 de abril com cerca de 400 pessoas em cada um, revelou a ministra da Cultura, Graça Fonseca, numa entrevista à SIC na noite de quinta-feira.

“Neste momento estão agendados os dois primeiros eventos-teste. Serão em Braga no final deste mês, de abril“, confirmou Graça Fonseca, acrescentando que os dois eventos vão ter cerca de 400 espectadores. Num deles, as pessoas estarão sentadas; no outro, estarão em pé.

“O nosso compromisso é de abrir os eventos culturais como eles encerraram e, a partir daqui, trabalhar para identificar as condições de progresso de podermos estar em eventos ao vivo. Sempre, naturalmente, de acordo com a evolução da pandemia“, explicou Graça Fonseca.

“É importante fazermos estes eventos-teste. Outros países fizeram. A nossa vizinha Espanha fez. É importante fazê-lo, porque o que vai acontecer é que nestes eventos-teste, um é sentado e o outro é em pé, vai ser possível à Direção-Geral da Saúde depois fazer a avaliação das pessoas que estiveram nestes eventos”, acrescentou a ministra.

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Em declarações à Rádio Observador, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, confirmou que os dois eventos estão agendados para os dias 29 e 30 de abril para “o espaço exterior do Altice Fórum Braga”, mas assinalou que os eventos “ainda não estão totalmente formatados”. A autarquia diz esperar ter o cartaz definido ainda esta sexta-feira, para poder começar a aceitar inscrições dos voluntários.

O objetivo será “avaliar como poderá funcionar um espetáculo, um festival de maior dimensão”, no que respeita à “disposição do público e à capacidade”. “À entrada do evento, os voluntários que vão participar terão de ser todos testados através de testes rápidos, em parceria com a Cruz Vermelha“, explicou o autarca.

Eventos-teste da cultura arrancam na próxima semana, em Braga. “Voluntários terão de ser todos testados”

No início de abril, o Presidente da República promulgou o diploma do Governo sobre o regresso dos espetáculos culturais e artísticos, que já previa a realização de “eventos teste-piloto“, em articulação com a DGS, para que fossem definidas novas orientações técnicas.

Os resultados destes testes poderão conduzir à “alteração da orientação em vigor“, nomeadamente alterando os limites de público definidos em função da área de cada recinto.

Como o Observador já havia avançado em fevereiro, o regresso dos grandes eventos culturais, como os festivais de verão, está dependente do sucesso dos eventos-teste e do entendimento sobre as regras entre Governo, DGS e promotores dos concertos.