É mais uma conquista para o programa espacial chinês. A missão Tianwen-1 chegou com sucesso a Marte tornando a China no terceiro país a aterrar no Planeta Vermelha, a seguir aos Estados Unidos e à Rússia; e no primeiro a enviar uma sonda, um lander e num rover para Marte na viagem inaugural ao planeta.

O objetivo deste projeto é recolher amostras do solo marciano para estudar a geologia do planeta, avaliar a presença de água e estudar a atmosfera de Marte. A missão partiu da Terra a 23 em julho do ano passado, a bordo de um foguetão Long March 5, e chegou à orbita de Marte a 10 de fevereiro.

Nos últimos três meses, a sonda estudou o mapa marciano para identificar os melhores locais para a aterragem do lander, a bordo do qual seguia também o rover Zhurong — em português, “Deus do Fogo”. A missão aterrou na Utopia Planitia, a maior bacia de impacto reconhecida em Marte, onde também está a sonda Viking 2.

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) confirmou o sucesso da missão à agência Xinhua. O Global Times, controlado pelo governo chinês, escreveu que a viagem “conquistou espetacularmente um novo grande feito”, tendo sobrevivido aos “sete minutos de terror” que demora a atravessar a fina atmosfera marciana.

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Sonda chinesa Tianwen-1 divulga novas imagens de Marte

Em março deste ano, pouco depois de ter chegado à órbita de Marte, a sonda da missão Tianwen-1 — um nome que significa “Questões Celestiais” em português — enviou para Terra imagens da superfície do planeta e das grandes crateras que a cicatrizam.

Logo em fevereiro, a agência espacial chinesa também divulgou imagens recolhidas pela mesma sonda em órbita. As fotografias foram as primeiras enviadas pela missão e a cratera de Schiaparelli e os desfiladeiros de Valles Marineris.