O militar de Abril Eduardo Diniz de Almeida, que comandou as tropas no RALIS, em Lisboa, na resposta ao golpe do 11 de março de 1975, morreu este domingo, disse à Lusa o presidente da Associação 25 de Abril.

A notícia sobre a morte de Diniz de Almeida, vítima de covod-19, foi avançada no Facebook por outro militar de Abril, e mais tarde confirmada por Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril.

“De Diniz Almeida lembro a enorme participação no dia 25 de Abril [de 1974] e o seu envolvimento intenso, nem sempre muito consensual, em todo o processo revolucionário”, disse à Lusa Vasco Lourenço.

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Eduardo Diniz de Almeida nasceu em Lisboa em 7 de julho de 1944, integrou o Movimento das Forças Armadas (MFA), que derrubou a ditadura em 1974, e tornou-se um dos rostos militares associados ao PREC — Processo Revolucionário em Curso.

O PCP reagiu em comunicado ao desaparecimento do capitão de abril, destacando que “Diniz de Almeida participou ativamente no Movimento das Forças Armadas (MFA) desde a sua fase conspirativa, nomeadamente na reunião de oficiais de Évora”. E também que no 25 de Abril  “comandou uma coluna militar saída da Figueira da Foz com destino a Lisboa, tendo parte dessa coluna sido encarregue de libertar o forte de Peniche. Quando da tentativa golpista de 11 de Março de 1975, teve um papel decisivo na resposta ao bombardeamento e cerco da sua unidade,
em Lisboa (RAL1)”.

Os comunistas lembram ainda que o militar “fez parte de diversos órgãos do MFA. alvo privilegiado dos mais sinuosos ataques por parte das forças reacionárias, manteve na sua
acção o objectivo da defesa da Revolução de Abril, dos seus valores e projeto”.