A rede social Facebook anunciou esta quarta-feira que deixará de proibir publicações que aleguem que o coronavírus detetado no final de 2019 em Wuhan, na China, que dá origem à Covid-19, foi fabricado pelos humanos.

“À luz das investigações em curso sobre a origem da Covid-19, e após consulta com especialistas em saúde pública, vamos deixar de remover a alegação de que a Covid-19 teve origem humana ou foi fabricada das nossas aplicações”, lê-se num comunicado da rede social.

“Continuamos a trabalhar com especialistas em saúde para acompanhar a evolução da pandemia e para atualizar regularmente as nossas políticas, à medida que novos factos e tendências emergem.”

Desde abril de 2020, logo nos primórdios da pandemia global, o Facebook lançou uma campanha de desinformação relacionada com a Covid-19, que tem sofrido alterações contínuas ao longo do último ano.

Até esta quarta-feira, a alegação de que o coronavírus foi fabricado fazia parte de uma longa lista de alegações proibidas na rede social, e que inclui também a alegação de que é mais seguro ter Covid-19 do que ser vacinado, de que a vacina causa autismo, de que a doença é uma arma biológica, entre muitas outras mentiras ou distorções do conhecimento científico.

Esta quarta-feira, um conjunto de países a nível global, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, pressionaram a Organização Mundial de Saúde para que continue a investigar as origens do coronavírus, depois de uma primeira tentativa ter sido feita no início do ano, com o envio, em janeiro, de uma equipa de investigadores à China — cuja investigação teve resultados inconclusivos.

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