A Indonésia anunciou oficialmente este sábado que libertou dois petroleiros, um do Irão e outro do Panamá, que foram apreendidos em janeiro por suspeita de transporte ilegal de petróleo para as águas do país do sudeste asiático.

O “MT Horse”, com bandeira iraniana, e o “MT Freia”, com bandeira do Panamá, deixaram a Indonésia na sexta-feira, informou o porta-voz da Agência de Segurança Marítima da Indonésia.

Os capitães dos dois petroleiros foram considerados culpados, na terça-feira, de entrar em território indonésio sem autorização, cada um deles condenados a uma pena suspensa de um ano de cadeia e um período de liberdade condicional de dois anos.

O tribunal também ordenou que o capitão do “MT Freia” a pagar uma multa de dois mil milhões de rúpias (cerca de 110.000 euros) por despejar petróleo ilegalmente nas águas indonésias. Os dois capitães foram libertados e alegadamente deixaram a Indonésia com o resto da tripulação na sexta-feira.

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As duas embarcações foram abordadas em janeiro na costa da província de Kalimantan, após recusarem o contacto por rádio.

A Agência de Segurança Marítima da Indonésia anunciou na altura que as tripulações eram suspeitas de uma série de violações, como a não exibição das bandeiras nacionais dos navios, a desativação dos seus sistemas de identificação e a transferência ilegal de petróleo.

O “MT Horse” “foi libertado ontem [sexta-feira] ao fim de 125 dias, após a conclusão do processo legal”, confirmou a agência de notícias estatal iraniana IRNA, citando uma declaração da companhia nacional iraniana de petroleiros, uma subsidiária da empresa petrolífera estatal.

O Irão foi acusado por várias vezes de realizar vendas clandestinas de petróleo para evitar as sanções dos EUA, depois de o Governo do ex-Presidente Donald Trump ter imposto penalizações contra o setor petrolífero iraniano, acusado de transações com vários países, incluindo a Síria e a Venezuela.

Os Estados Unidos e os seus aliados continuam a tentar bloquear as vendas de petróleo iraniano, com o objetivo de cortar todas as fontes de receita de Teerão, aumentando a pressão económica sobre o regime.