A Autoeuropa admitiu esta sexta-feira que “existe uma grande hipótese de entrar em lay-off na segunda quinzena de julho” devido à falta de semicondutores que tem obrigado a várias paragens na produção.

Segundo o comunicado da Comissão de Trabalhadores (CT), antes da reunião efetuada esta sexta-feira pela CT com os sindicatos representados na empresa, a Autoeuropa revelou ainda que, tal como tinha admitido anteriormente, “existe uma grande hipótese de entrar em lay-off na segunda quinzena de julho“.

Na mesma reunião, a empresa terá ainda informado a CT de que, caso se confirme o recurso ao lay-off (suspensão dos contratos de trabalho), não irá pagar 100% do rendimento dos trabalhadores como fez em 2020, e que se limitará a “aplicar a legislação do lay-off geral, pagando apenas 66% do rendimento mensal ilíquido, com subsídio de turno incluído”.

Já anteriormente, em informação dirigida aos trabalhadores, a administração da fábrica de Palmela, no distrito de Setúbal, havia admitido a possibilidade de entrar em lay-off, caso fosse forçada a novas paragens de produção devido à falta de semicondutores. Na véspera de uma nova paragem da produção, de dois dias, a empresa reitera “uma grande hipótese” de recorrer ao lay-off, apontando já um período específico.

A possibilidade de um eventual recurso ao lay-off ocorre um mês depois de os trabalhadores rejeitarem um pré-acordo laboral, negociado entre os seus representantes e a administração da empresa, que previa um aumento global de 4,6% para os próximos três anos.

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