As quatro vacinas contra a Covid-19 aprovadas na União Europeia parecem proteger contra todas as variantes em circulação na Europa, incluindo a Delta, predominante em Portugal, adiantou esta quinta-feira a Agência Europeia do Medicamento (EMA).
“Neste momento, parece que as quatro vacinas que estão aprovadas na União Europeia protegem contra todas as variantes que estão a circular na Europa, incluindo a variante Delta”, afirmou em conferência de imprensa o responsável da estratégia de vacinas do regulador europeu.
Segundo Marco Cavaleri, estudos com pessoas vacinadas mostram que a vacinação completa protege contra a variante Delta do vírus SARS-CoV-2 e os dados dos laboratórios mostram também que as vacinas aprovadas conseguem neutralizar esta variante.
“Todos os estudos dos laboratórios serão analisados pela EMA para permitir concluir o nível de proteção das várias vacinas contra as variantes” que circulam na Europa, assegurou o chefe da estratégia de vacinas da EMA, que apelou às farmacêuticas para manterem uma vigilância apertada sobre a eficácia das suas vacinas face a novas estirpes do coronavírus.
Marco Cavaleri considerou também “muito importante” que as pessoas vulneráveis, em especial, os idosos, “sejam vacinadas o mais rápido possível, tendo em conta a potencial onda da variante Delta” que deverá espalhar-se pelo continente europeu nas próximas semanas.
Atualmente, quatro vacinas têm autorização de utilização na União Europeia, e estão a ser administradas em Portugal, produzidas pelas farmacêuticas Pfizer/BioNTech, AstraZeneca, Moderna e Jannsen, esta última de toma única.
Relativamente à estratégia de alguns países de administrar uma segunda dose de uma vacina diferente da primeira toma, o responsável da EMA adiantou que o regulador europeu “não está numa posição de tomar uma recomendação definitiva”, mas avançou que dados preliminares demonstram uma “imunização satisfatória e sem preocupações de segurança”.
Marco Cavaleri anunciou ainda que a EMA está em contacto com as farmacêuticas para analisar o potencial, no futuro, de uma dose suplementar da vacina, não sendo ainda claro se esta terceira toma será necessária para manter a proteção imunitária contra o vírus.
“Queremos estar numa posição para tomar uma decisão regulatória atempada se as provas das campanhas de vacinação indicarem que este impulso é necessário”, afirmou.