A variante Delta já é dominante em todas as regiões do país, destacando-se o aumento da frequência nas regiões do Norte, Madeira e Açores, entre a semana de 31 de maio a 6 de junho (semana 22) e a semana de 21 a 27 de junho (semana 25), segundo o último relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa).

No Norte, a proporção de novos casos com a variante Delta aumentou de 17,7% (na semana 22) para 71,1% (na semana 25). As regiões autónomas também tiveram um aumento significativo: os Açores que não tinham casos da variante passaram para 64,7% e a Madeira aumentou de 12,5% para 85,7%, no mesmo período.

De forma geral, entre 21 e 27 de junho, a variante Delta representou 89,1% dos novos casos registados no país, refere o relatório “Diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal”.

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Da variante Delta Plus, a que tem uma mutação de preocupação adicional (K417N), representa 55 casos dos 1.505 identificados até ao momento da variante Delta.

A frequência relativa da sublinhagem Delta (B.1.617.2) AY.1 na amostragem nacional de junho não tem evidenciado uma tendência crescente”, refere o relatório, indicando uma prevalência de 1% na semana de 21 a 27 de junho.

A Delta ultrapassou completamente a variante Alpha que dominou o país durante cerca de quatro meses. A Alpha, identificada inicialmente no Reino Unido, representou apenas 9,8% dos novos casos entres 21 e 27 de junho.

Das variantes Beta e Gamma têm sido registados sempre poucos casos e não se verifica uma tendência de subida.

Entre as variantes de interesse, o instituto destaca a presença da B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia) “a qual apresentou frequências relativas entre 1,0% e 0,4%, entre as semanas 22 e 25″, e a Lambda, da qual foram registados dois casos em Portugal desde abril de 2021.

A variante Lambda, responsável pela maioria dos casos no Peru e Chile, está disseminada na América Latina, já foi identificada na Austrália, Estados Unidos e vários países da Europa.

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O Insa já analisou 10.824 sequências genéticas do SARS-CoV-2, de 288 concelhos, desde o início da pandemia. No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética, o instituto passou a fazer amostragens e relatórios semanais desde 7 de junho. Durante o mês passado foram recolhidas 2.022 amostras em 160 concelhos.