Derek Chauvin, condenado pelo assassínio do afro-americano George Floyd, e os três ex-colegas presentes no dia da tragédia declararam-se, esta terça-feira, inocentes no início de um novo julgamento, agora num tribunal federal.

Apesar de DerekChauvin, de 45 anos, nunca ter admitido qualquer erro na morte de Floyd, o ex-polícia acabou por ser condenado por assassínio e cumpre, desde junho, uma sentença de prisão de 22 anos e meio, após o julgamento no Estado de Minnesota.

Durante as audiências, o advogado do polícia insistiu na tese de que o seu cliente se limitou a seguir os procedimentos policiais em vigor e que a morte de George Floyd deveu-se a problemas de saúde combinados com a ingestão de drogas, no entanto não conseguiu convencer os jurados.

Os colegas de Chauvin – Tou Thao, Alexander Kueng e Thomas Lane – serão julgados em março por “cumplicidade no assassínio”, também pela justiça do Estado do Minnesota. Paralelamente, os quatro homens foram indiciados pela justiça federal por “violação dos direitos constitucionais” de George Floyd.

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É neste contexto que eles compareceram, esta terça-feira, por vídeo, perante um juiz federal, tendo todos eles declarado a sua inocência.

A imprensa local noticiou ainda que Derek Chauvin está a negociar um acordo de confissão de culpa para evitar um novo julgamento.

No final do primeiro processo judicial, Chauvin alimentou as especulações ao afirmar perante a família de Floyd que “haverá novas informações no futuro, que espero que sejam interessantes e que lhes deem paz de espírito”.

Os duplos julgamentos são permitidos nos Estados Unidos, mas relativamente raros, e refletem a importância desta questão no centro de vigorosos protestos contra o racismo e contra a violência policial nos Estados Unidos.