O cabeça de lista do PS à Câmara de Portalegre, Luís Moreira Testa, assumiu esta quarta-feira o compromisso de criar “mil postos de trabalho” no concelho, num período de quatro anos, caso vença as eleições autárquicas de domingo.

“São muitos postos de trabalho, sim, são muitos postos de trabalho que Portalegre necessita para não entrar no declínio irreversível que está a conhecer neste momento e, se nada for feito, não haverá uma segunda oportunidade”, disse.

O candidato do PS, que falava à agência Lusa à saída de um debate autárquico com os restantes candidatos na Rádio Portalegre, explicou que a criação destes postos de trabalho vão surgir de uma “forma faseada” nos próximos anos.

“A nossa perspetiva é que esses postos de trabalho sejam, obviamente, faseados, mas na área industrial transformadora temos a ambição no final de 2022, princípio de 2023, conseguir alcançar um número de 350 a 400 postos de trabalho”, explicou.

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Questionado sobre a forma como depois pretende atingir a criação dos restantes postos de trabalho para alcançar a fasquia a que se propõe, o candidato explicou que esse processo passa por uma estratégia que envolve “dedicação” e “promoção” de Portalegre junto das empresas.

“Aquilo que nós pretendemos é que as outras áreas como precisam de um investimento maior e de uma carga de investimento maior do município, investimento em termos de dedicação, de levantamento das necessidades e de promoção de Portalegre como destino para esses empresários, isso seja feito de uma forma mais faseada”, disse.

O candidato considera que é possível atingir os mil postos de trabalho em quatro anos através da “constituição de fileiras”, procurando, “em primeiro lugar”, os fornecedores e clientes das empresas industriais que já se encontra na região.

“Nós já começámos a fazer essa prospeção e os dados que já temos indicam que teremos sucesso nessa operação, porque existem empresas que estão disponíveis para investir ou perto do seu cliente ou perto do seu fornecedor, de forma a diminuir os custos logísticos e isso é uma área muito importante porque permite um desenvolvimento de criação do número de postos de trabalho de forma muito significativa”, explicou.

Além desta vertente, o candidato considera que existem outras áreas para captar emprego, nomeadamente a partir do projeto que “se foi constituindo” através da [empresa] IBM no Instituto Politécnico de Portalegre.

“As indústrias tecnológicas são muito importantes, trazem muita mão de obra e é uma fileira que nós temos de aproveitar porque temos um politécnico que precisa também de ser colocado ao serviço da economia da região e o município de Portalegre tem de ser parceiro desse movimento”, disse.

O município de Portalegre é liderado por Adelaide Teixeira, eleita pela Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), que também está nesta corrida eleitoral em busca de um terceiro mandato.

Além do candidato do PS e da CLIP, a corrida eleitoral em Portalegre conta com as candidaturas de António Ricardo (BE), Hugo Capote (CDU), Fermelinda Carvalho (PSD/CDS-PP) e Luís Lupi (Chega).