Rúben Amorim falou durante a semana de golos, finalizações, oportunidades, da ausência de Pote e do que faz jogar Paulinho, mesmo que como avançado centro não marque muitos golos. Este sábado, após o encontro com o Arouca, que os leões venceram por 2-1, o treinador voltou a referir que a equipa teve “várias oportunidades” e podia “ter resolvido logo”, mas que, de certa forma, os seus jogadores souberam “fechar o jogo” contra uma equipa que até surpreendeu Amorim.

“Sabíamos que era um jogo difícil e o Arouca tinha preparado e bem o jogo. Viemos de um jogo de Champions que perdemos e isso sente-se sempre numa equipa que se habituou a ganhar, mas tivemos várias oportunidades na primeira parte e podíamos ter resolvido logo o jogo“, começou por afirmar na flash interview à Sport TV.

Amorim acrescentou que a equipa “não controlou tão bem o jogo” como os últimos dois da I Liga, mas que a “vitória é justa”. “Fizemos um golo na primeira parte e podíamos ter feito outros. Depois numa transição de uma bola parada nossa, em que nós temos uma grande oportunidade, não fazemos golo e sofremos em transição. Mas depois marcámos e fechámos o jogo assim”, disse.

O treinador leonino explicou de forma simples, clara e sem rodeios as alterações táticas e de jogadores (e foram algumas). “Olhámos para o Arouca e eles tinham duas formas de defender a nossa equipa, pelo menos foi o que nós imaginámos. Até pressionou um pouco mais alto do que aquilo que estávamos à espera. Depois sabíamos que íamos ter o Nuno e o Porro ali [nas alas], que são dois extremos e não laterais. E, ao lado do Seba [Coates], jogámos dois laterais, para ter mais saída e principalmente porque sentia que os jogadores do Arouca eram fortes em transições, como ficou provado no golo. Os laterais costumam ser mais rápidos que os centrais”.

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Sobre a subida de Matheus Nunes no terreno, acabou por dizer que era “para juntar ao Palhinha e ao Dani [Bragança] e deixar dois homens claramente perto do golo”, visto que a equipa tem “geralmente apenas um e agora teve dois”. Além disso, Amorim destacou que Sarabia “mostrou aqui ou ali – e ainda não está na sua forma plena -, mas mostrou pormenores. Cada vez que recebia a bola mais dentro, menos na linha foi muito perigoso”, sendo que era essa a “ideia”.

Outra das ideias de jogo do Sporting é não deixar muita gente para trás nas bolas paradas e o golo do empate do Arouca surge precisamente de um canto. Amorim desvaloriza, até porque a equipa “chegou toda”, ainda houve “ressaltos e depois a bola sobrou para um jogador do Arouca”. “Há a realçar a resposta da equipa, que sofreu um golo e depois fechou o jogo”, rematou.

A chamada de Matheus Nunes à seleção nacional portuguesa foi outro dos temas da semana que, segundo o técnico verde e branco, o deixou com “satisfação”: “O clube precisa, os nossos jogadores precisam e ficam felizes e eu fico feliz por eles porque eles trabalham muito desde o ano passado e estão a colher os frutos. Agora, têm de saber que isto muda de um momento para o outro e o Matheus tem é que trabalhar e olhar um pouco para o caso do  Gonçalo Inácio que teve uma lesão, não se estreou e agora vai ter de fazer tudo outra vez”, disse.

Com pausas para compromissos das seleções, Amorim admitiu que os que ficam vão “desligar um bocadinho” para depois trabalhar “bem” e que os que vão representar os seus países irão para um “ambiente diferente que faz bem”.