O popular quadro de Bansky “Girl With Balloon” (“Rapariga Com Balão”), apelidada “Love Is In The Bin” (“Amor Está No Caixote do Lixo”, em tradução livre) após o que aconteceu em outubro de 2018 — quando metade da tela se cortou em tiras enquanto era retirada da moldura, foi vendida por 18,5 milhões de libras (cerca de 21,8 milhões de euros). É um novo recorde em valor monetário para uma obra vendida do artista.

O famoso quadro de Bansky que se cortou parcialmente em tiras em 2018 vai voltar a leilão

O leilão decorreu esta quinta-feira no Sotheby’s Contemporary Art, em Londres, Inglaterra. Em 2018, antes do quadro se ter autodestruído, a pintura (ainda intacta até ao momento da venda) foi vendida por um milhão de libras. Como explica CNN, agora esperava-se que alcançasse, no máximo, um valor de seis milhões de libras, valor largamente superado. No passado, o recorde de venda de um quadro de Banksy foi de 16.7 milhões e libras, com a obra “Game Changer” (em português poderá ser traduzido como “mudança abrupta/disruptiva para algo”).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O “Love Is In The Bin” foi inicialmente grafitada numa parede em Londres e tem-se tornado num dos desenhos mais célebres do artista reconhecido pelos grafítis em edifícios espalhados pelo Reino Unido. Até hoje, não se sabe exatamente como é que Bansky, de quem não se sabe qual é a verdadeira identidade, destruiu o quadro.

Novo vídeo do quadro de Banksy revela intenção de destruição total da obra

Em 2018, chegou a especular-se que Banksy teria decidido destruir o quadro para fazer subir o valor da pintura. Mesmo após a surpresa, e apesar de ter sido dada a opção de desistir da compra, o comprador quis ficar com o quadro.

Banksy. As três perguntas que ficaram por responder depois da autodestruição do quadro

“Girl with a Balloon” foi originalmente criada em 2002 e vendida diretamente por Banksy a um comprador privado quatro anos depois, em 2006. Depois do polémico leilão em 2018, a Sotheby’s emitiu um comunicado no qual recusou ter tido qualquer conhecimento prévio de que o quadro se ia destruir. Além disso, disse que nunca removeu o quadro da moldura, algo que disse ser “normal” acontecer quando uma leiloeira recebe um quadro, não sabendo que esta continha um mecanismo que ia destruir o quadro.