A região autónoma da Madeira anunciou esta quinta-feira que vai começar, a partir do final de dezembro, a vacinar crianças dos cinco aos onze anos, confirmou ao Observador fonte da secretaria regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira.

As autoridades de saúde madeirenses aguardavam apenas pelo parecer positivo da Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês), que chegou esta quinta-feira.

EMA recomenda vacinação de crianças entre os cinco e os 11 anos. DGS já está reunida, mas sem parecer planeado para breve

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Em conferência de imprensa transmitida pelas televisões, Pedro Ramos, secretário regional da Saúde, indicou que a “primeira remessa de vacinas para vacinar crianças dos cinco aos onze anos chegará a Portugal em 20 de dezembro e serão cerca de 300 mil doses”. O responsável espera que, de acordo com as percentagens de atribuição, “a Madeira seja contemplada com 7.500 doses“, que chegarão a 22 de dezembro, referindo ainda que o Infarmed está a insistir com a Pfizer para que cheguem mais remessas a Portugal.

“Só no mês de novembro, dos 1.083 casos registados na Madeira, 11% dos infetados são crianças”, salientou Pedro Ramos, salientando também que na “última análise nacional” também neste escalão etário a “percentagem de infetados é maior”. “Tudo isto justifica vacinar rapidamente este nicho da população, que são um reservatório e um transmissor da doença”, apelando ainda a que os pais vacinem os filhos.

As crianças vão ser vacinadas com uma dose três vezes mais baixa do que a dose para adultos. Serão duas tomas — com um intervalo de 21 dias entre elas — e o único inoculante utilizado será o da Pfizer.

Em Portugal continental e nos Açores, ainda não há uma decisão sobre a vacinação em crianças dos cinco aos onze anos. Em conferência de imprensa desta quinta-feira, António Costa espera que as autoridades de saúde se pronunciem, mas garantiu que o país está preparado para vacinar as crianças elegíveis com a Pfizer.

“Ficaria muito satisfeita se pudesse anunciar vacinação para crianças”, diz Graça Freitas. DGS aguarda parecer da EMA

Graça Freitas disse também que “ficaria muito satisfeita” se pudesse anunciar a vacinação de crianças.