Quatrocentos milhões de euros foi quanto custou ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) o recurso às horas extraordinárias dos profissionais de saúde e a prestações de serviço entre janeiro e setembro deste ano para responder à necessidade de recursos humanos. No caso das horas suplementares, a responsabilidade caiu mais sobre os enfermeiros, que prolongaram o horário em cinco milhões de horas, enquanto os médicos fizeram o equivalente a mais de quatro milhões.

Os dados da Administração Central do sistema de Saúde (ACSS) foram destacados esta quinta-feira pelo Público, que acrescenta que a despesa nas horas extraordinárias e na prestação de serviços tem vindo a subir nos últimos anos.

As horas extraordinárias chegaram, em setembro, a 16,9 milhões, valor que já subiu em outubro para 18,5 milhões, mais 1,2 milhões do que no total do ano passado, que já tinha registado um recorde devido à pandemia. Só que a pressão sobre o SNS mantém-se e, até setembro, ao todo, as horas suplementares custaram 299,6 milhões de euros.

Este efeito foi mais significativo nos enfermeiros (5,5 milhões de horas, que custaram 80,7 milhões) e, em segundo lugar, aparecem os médicos, com 4,4 milhões de horas suplementares, mas com um custo superior (dado que os salários são superiores): 141,7 milhões de euros. O restante valor diz respeito a outros profissionais do setor.

No caso das prestações de serviço, entre janeiro e setembro, a rubrica custou 105,7 milhões de euros (3,6 milhões de horas pagas), uma solução encontrada para preencher as escalas de urgência ou para permitir que os centros de saúde deem resposta aos utentes sem médico de família.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR