O monumento de Mont Valérien, localizado em Suresnes, no oeste de Paris, foi vandalizado com uma mensagem contra o certificado digital. Construído em memória dos soldados franceses que morreram na Segunda Guerra Mundial e de todos aqueles que participaram na Resistência contra a ocupação das tropas nazis em França, o memorial foi graffitado com a palavra “Anti Pass” com as últimas letras (dois ‘esses’) a fazer lembrar o símbolo das SS, a organização paramilitar de Adolf Hitler.

De acordo com a Euronews, a mensagem no monumento, que foi inaugurado em 1960 pelo ex-Presidente francês Charles de Gaulle, ocupa 50 metros de largura e foi descoberta na segunda-feira.

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O Presidente Emmanuel Macron já reagiu ao sucedido. Na sua conta pessoal do Twitter, indicou que se trata de “um insulto à memória dos heróis da Nação”. “Profanar esse lugar sagrado da República é minar o que nos une”, escreveu, acrescentando que os autores do crime “serão encontrados e julgados”.

Também a ministra encarregada da pasta dos veteranos de guerra, Geneviève Darrieussecq, disse estar “indignada” com este episódio. “É imperdoável”, destacou, acrescentando que as autoridades vão investigar o caso. Entretanto, a governante revelou que o monumento já foi limpo desta “afronta levada a cabo por vândalos”.

O local não está equipado com câmaras de vigilância, o que promete tornar o trabalho das autoridades mais difícil. No entanto, o departamento de Hauts-de-Seine, a que pertence a cidade de Suresnes, já garantiu, em comunicado, que a “polícia está mobilizada” para identificar os autores do crime.

O governo francês instituiu o uso do certificado digital para permitir a entrada em bares, restaurantes e a recintos culturais no verão, algo que motivou vários protestos.

França. Sem dose de reforço, certificados de vacinação de adultos deixarão de ser válidos

No final de novembro, o ministro da Saúde, Olivier Véran, divulgou que, a partir desta quarta-feira, o certificado de vacinação para pessoas com mais de 65 anos não será válido caso o seu portador não tenha recebido uma dose extra de reforço cinco meses depois das anteriores.