A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) manifestou-se esta quarta-feira preocupada e alertou para o perigo de grandes aglomerados de pessoas nos centros de testagem e vacinação contra a Covid-19, numa altura em que a variante Ómicron é dominante.

A variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 é dominante em Portugal e muito mais transmissível do que anteriores variantes, levando a um atual pico de incidência de Covid-19.

Num comunicado esta quarta-feira divulgado, a SPP diz-se preocupada com os aglomerados de pessoas, mas também com os dias de paragem do processo de vacinação, porque a atual situação, afirma, exige um esforço na administração da terceira dose da vacina, nomeadamente aos que estão em maior risco.

Os longos períodos de espera para a vacinação e a necessidade de teste negativo para os festejos de final de ano, têm gerado grandes aglomerados de pessoas, situação que, no parecer da SPP, é exatamente oposta às recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), diz-se no comunicado.

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“Se é recomendado o teletrabalho para evitar contactos no espaço laboral, se é prolongado o período de férias letivas, para atrasar o regresso das crianças à escola, e se é sugerida a limitação do número de pessoas nos festejos de Natal e passagem de ano, então não podem ser aceitáveis as longas filas e os longos períodos de espera à porta dos centros de testagem e de vacinação”, diz o presidente da SPP, António Morais, citado no comunicado.

O responsável afirma ainda ser urgente a criação de condições para que tal não aconteça.

A Covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.