O julgamento do empresário luso-angolano Carlos Sao Vicente, que deveria ter início esta quarta-feira, foi adiado devido ao atraso na notificação do arguido e para análise de requerimentos apresentados pelas partes.

Carlos São Vicente chegou esta quarta-feira ao tribunal de Luanda onde vai ser julgado por crimes de peculato e fraude fiscal pelas 10h40, mais de uma hora depois da hora prevista para o início da sessão.

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Visivelmente mais magro, o empresário, que esta detido na cadeia de Viana, cumprimentou a mulher, Irene Neto, que se encontrava já na sala, com a presença de números jornalistas que acompanham o caso.

Além da mulher, filha de Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola, vão também assistir ao julgamento outros familiares de Carlos São Vicente.

Antes do início do julgamento, que decorre na 3.ª secção criminal do tribunal Dona Ana Joaquina, a defesa voltou a criticar a detenção do empresário.

“Existe um princípio de presunção de inocência que deve ser respeitado” disse aos jornalistas o advogado, François Zimeray, sublinhando que a liberdade é a regra e a prisão deve ser uma exceção.

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O advogado salientou que a dignidade “deve ser respeitada” e lamentou que Carlos São Vicente esteja a servir de bode expiatório para as dificuldades do país.