A polícia paquistanesa disse que alargou esta segunda-feira a busca pelos dois agressores não identificados que atiraram e mataram um pastor cristão e feriram outro no domingo, no noroeste do Paquistão.

William Siraj, de 75 anos, da Igreja do Paquistão, foi morto a caminho de casa depois de participar nos serviços religiosos de domingo na cidade de Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país e que faz fronteira com o Afeganistão.

Naeem Patrick, reverendo das que acompanhava Siraj, ficou ferido e um terceiro clérigo saiu ileso do ataque. Os agressores fugiram e, até ao momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque aos religiosos.

O oficial da polícia Javed Khan disse que uma investigação está em andamento e que estão a ter em consideração todas as possibilidades.

O chefe da polícia provincial, Moazzam Jah Ansari, ordenou aos investigadores da polícia que utilizassem a mais recente tecnologia e todos os recursos disponíveis para garantir a prisão dos agressores.

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Os cristãos são uma pequena minoria neste país predominantemente muçulmano sunita, onde cerca de metade são membros da Igreja do Paquistão (que é uma igreja protestante, mas inclui anglicanos), e a outra metade é maioritariamente católica.

Os extremistas do Paquistão atacaram cristãos várias vezes nos últimos anos. Os ataques aumentaram desde que os talibãs paquistaneses terminaram um cessar-fogo com o governo no mês passado.

O clérigo mais graduado da Igreja do Paquistão, o bispo Azad Marshall, condenou o ataque na rede social Twitter e exigiu proteção para os cristãos.

Nós exigimos justiça e proteção do governo do Paquistão aos cristãos“, escreveu Marshall.

Entretanto, foi reforçado o policiamento junto da Igreja de Todos os Santos de Peshawar (da Igreja do Paquistão), onde uma cerimónia em memória do religioso assassinado é realizada esta segunda-feira.

A igreja foi brutalmente atacada por insurgentes com bombas e tiros em 2013. Mais de 70 fiéis foram mortos e 100 ficaram feridos no ataque, um dos piores contra cristãos no Paquistão.