O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, condenou esta quinta-feira “a agressão militar russa à Ucrânia”, que classificou como “o maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas”.

Antes de se iniciar o debate na Comissão Permanente, com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, precisamente sobre o conflito na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, Eduardo Ferro Rodrigues informou os deputados que enviou esta quinta-feira de manhã uma mensagem ao seu homólogo ucraniano, na qual transmitiu “a mais veemente condenação pela agressão militar russa à Ucrânia”.

“O maior ataque à paz e à estabilidade na Europa em décadas, que o é a um Estado soberano, livre e independente”, classificou, tendo também transmitido “a mais calorosa e profunda solidariedade com o povo ucraniano e o Parlamento que o representa”.

Ferro Rodrigues recordou que o debate desta quinta-feira foi agendado na quarta-feira pela conferência de líderes “em face da tensão que se vivia na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, e das preocupações que a situação a todos suscitava”.

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“Preocupações que se materializaram esta madrugada, contrariando todas as declarações de intenção, com plena má-fé, e defraudando todos os esforços diplomáticos que vinham sendo encetados”, lamentou.

A Rússia lançou esta quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.

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O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, bem como pelo Governo português e pelo Presidente da República.

O Conselho Superior de Defesa Nacional deu esta quinta-feira parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO.

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