O presidente do Chega, André Ventura, defendeu esta quinta-feira que deve ser concedido à Ucrânia o estatuto de candidato a Estado Membro da União Europeia, considerando que esta decisão daria “um sinal forte à Rússia” de união.

“O Chega acompanha os restantes partidos que já ouvimos sobre isto, nomeadamente ouvi hoje o PSD, o doutor Rui Rio, no sentido de aconselhar Portugal a decidir favoravelmente que a Ucrânia tenha o estatuto de candidato ao bloco da União Europeia”, afirmou Ventura, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.

Na ótica do deputado, “a colocação de Ucrânia como Estado candidato pode ser um sinal forte à Rússia neste momento de que a União Europeia está unida e que não vai vacilar nos valores fundamentais”.

André Ventura salientou que esta posição “em nada vincula a decisão que o ID, enquanto grupo parlamentar europeu, venha a tomar nesta matéria” e apontou que “a família política a que o Chega pertence, o ID, e o próprio Chega têm sido muito críticos de novas adesões à União Europeia, nomeadamente no que se refere à Turquia mas também a outros potenciais e eventuais Estados membros”.

“Em todo o caso a posição do Chega é clara, como foi desde o início. O Chega entende que a Ucrânia neste momento deve ser protegida, que a União Europeia o pode fazer e o deve fazer e que permitir que a Ucrânia tenha o estatuto de Estado candidato à União Europeia é neste momento um sinal importante que damos para o povo ucraniano e também para a estabilidade na região”, afirmou.

Apesar de não ser conhecida ainda a composição do próximo executivo na sequência das eleições legislativas nem a data oficial da tomada de posse, o líder do Chega considerou que “não fazia grande sentido e pode até ser visto como um desrespeito institucional a nível europeu e internacional uma eventual inclusão de Fernando Medina no executivo, como se diz”, referindo a partilha de dados de ativistas por parte da Câmara de Lisboa com as autoridades russas.

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