Na região de Kaliningrado, exclave russo que fica localizado entre a Lituânia e a Polónia (próximo do Mar Báltico), o Kremlin terá levado a cabo nas últimas horas alguns exercícios de disparo simulado de mísseis com capacidade nuclear.

A informação foi avançada pelo próprio ministério da Defesa russo, sendo citada pela estação alemã Deutsche Welle.

Nestes exercícios simulados terão estado envolvidos mais de 100 elementos das forças russas, que terão operado este exercício de teste de lançamento de mísseis. Algumas unidades de combate especial terão também praticado operações no terreno em condições de “contaminação química e em ambiente de radiação”.

Apesar de insistirem na garantia de que não desejam iniciar uma guerra nuclear, o Kremlin e o regime liderado por Vladimir Putin têm vindo a alimentar os receios relativamente a esse cenário, que (face à capacidade e armamento nuclear da Rússia) teria um efeito de destruição até hoje inédito no globo.

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Uma ameaça relacionada com a adesão à NATO da Suécia e Finlândia

Há cerca de três semanas, o Kremlin tinha ameaçado “fortalecer as suas defesas” na região do Báltico (onde fica Kaliningrado, localizada entre as fronteiras da Lituânia e Polónia) caso a Finlândia e a Suécia decidissem tentar aderir à NATO, o que parece estar em vias de acontecer. Moscovo tinha prometido mesmo enviar armamento nuclear para a região, alegando que o faria por motivos de defesa, escreveu então o jornal britânico The Guardian.

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A reação chegou através do ministro da Defesa lituano Arvydas Anušauskas, que alegou que a Rússia já tinha armamento nuclear no exclave (parte de um país que fica nos limites geográficos de um outro território) de Kaliningrado.

Mantêm ali armas nucleares, veículos de transporte de equipamento e têm armazéns. A comunidade internacional e os países que ficam naquela região estão perfeitamente conscientes disto”, dissera então o ministro lituano.

Na altura, o The Guardian escrevia que esta alegação do governante lituano não estava confirmada por fonte independente, mas lembrava que um relatório de 2018 da Federação de Cientistas Americanos apontava para uma conclusão obtida a partir de dados de imagens de satélite: o Kremlin teria naquela região um “posto de armazenamento ativo, ou funcional, de armas nucleares” chamado Kolosovka.

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