O adeus do Manchester United a Old Trafford na presente temporada, que coincidiu com um dos melhores jogos da equipa com Ralf Rangnick no comando técnico, começou por ser um primeiro desenho daquilo que pode ser o conjunto dos red devils na próxima época. Sem Matic, que se despediu. Sem Juan Mata, que se destacou na despedida. Sem Lingaard, que não entrou para a despedida. Sem Cavani, que entrou mas não se despediu. No entanto, e como quase sempre ao longo do ano, as atenções estavam centradas de novo em Cristiano Ronaldo, que voltou a marcar naquele que foi o nono golo dos últimos 12 da equipa. E naquilo que podiam ser as interpretações da frase “I’m not finished” que afinal não chegou a dizer.

Ronaldo voltou a ser feliz, marcou sexto golo em quatro jogos e United ganhou. Mas terá sido a despedida de Old Trafford?

Embora as imagens pareçam mostrar que é essa a frase que o português diz para as câmaras a rir enquanto fazia a volta olímpica de despedida dos adeptos, o avançado negou que tivesse dito isso até por forma de terminar com todas as teorias que se foram criando a partir daí. “I’m not finished” = vai ficar? “I’m not finished” = vai ter muitos mais anos de carreira? “I’m not finished” = ainda vai bater mais recordes? “I’m not finished” = posso não ficar aqui mas não vou acabar? Houve um pouco de tudo. Facto: tendo mais um ano de contrato, Ronaldo teria de analisar prós (a possibilidade de ver a equipa melhorada no mercado de verão com um novo treinador) e contras (falharia pela primeira vez a presença na Champions) antes de tomar uma decisão. E o The Telegraph apontava esta sexta-feira para um cenário possível.

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“I’m not finished”: a frase de Ronaldo na volta olímpica em Old Trafford, entre dois recordes ampliados e um feito 13 anos depois

Depois de muita especulação sobre uma possível saída, que poderia até ser vista com bons olhos tendo em conta o dinheiro que seria libertado a nível de massa salarial para novos jogadores, a publicação britânica assegurava que Erik ten Hag, novo treinador do Manchester United, contava com o número 7 para a época 2022/23. Essa poderia ser uma primeira certeza para o início da nova era, numa fase em que Rangnick, que fazia o penúltimo jogo com a equipa como treinador, lamentava o facto de ser pedido nomes como Luis Díaz ou Vlahovic já em janeiro sem ter apoio da direção para essas contratações de inverno.

No meio de tantas notícias do entra e sai, no meio de tanto ruído já a pensar no futuro, o presente acabava por ficar quase esquecido, dificultando o foco de um Manchester United que, em caso de triunfo frente ao Brighton, fechava as contas do apuramento da Liga Europa no sexto lugar. O resultado ficou à vista, até de forma bem pesada: depois de uma primeira parte equilibrada apesar da vantagem dos visitados, o Brighton conseguiu golear o conjunto dos red devils completamente perdido em campo e que somou o quinto desaire consecutivo fora na Premier League, algo que já não acontecia desde 1981. E mais uma vez a pergunta que se fazia no final era se o próprio Ronaldo quer permanecer assim na equipa…

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