Ronaldo encontra-se há alguns dias concentrado com a Seleção Nacional para os quatro encontros iniciais da Liga das Nações (começou no banco frente à Espanha no primeiro, deverá agora ser titular este domingo com a Suíça) mas deixou uma entrevista feita com os meios de comunicação do Manchester United, com essa garantia de que, apesar dos vários rumores que se foram sucedendo, deverá ficar no clube no último ano de contrato que tem em Old Trafford. E essa é também a vontade dos adeptos dos red devils, vendo a eleição daquele que consideraram ter sido o melhor da equipa numa época aquém das expetativas.

O avançado português recebeu o prémio de Jogador do Ano do Manchester United, superando na votação o guarda-redes espanhol David de Gea e o médio brasileiro Fred. Ronaldo passou também a ser o jogador que mais vezes recebeu o prémio Sir Matt Busby, recebendo pela quarta vez a distinção depois de 2003/04, 2006/07 e 2007/08 e igualando o registo que já tinha sido atingido antes por De Gea.

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Ronaldo redefiniu o que é uma lenda do futebol: estreia, dois golos e goleada do United num dia para mais tarde recordar

“O nosso número 7 teve uma grande campanha, com 24 golos em todas as competições desafiando todos aqueles que duvidaram se estaria ainda em condições de fazer a diferença aos 37 anos depois das suas campanhas em Espanha e Itália. A maioria dos golos foram na Premier League, o que o colocou na terceira posição da lista dos melhores marcadores apenas trás de Salah e Son. Cristiano marcou uma série de golos decisivos para a equipa ao longo da temporada, incluindo os hat-tricks com Tottenham e Norwich e o bis na sua segunda estreia pelo clube que deixou Old Trafford extasiada. Juntou ainda a isso seis golos na Liga dos Campeões, demonstrando a sua capacidade para marcar ao mais alto nível”, escreveu o site do clube, destacando os cinco prémios de Jogador do Mês entre um pequeno lapso dando um total de seis Bolas de Ouro a Cristiano Ronaldo, mais uma do que tem na realidade (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017).

Ele é mesmo um problema mas para os outros: Ronaldo faz o 60.º hat-trick da carreira, volta aos golos de livre direto e dá vitória ao United

“Estava feliz por voltar a um clube que catapultou a minha carreira. Foi incrível o sentimento no regresso. Foi bom sentir o apoio dos adeptos, a felicidade deles. Estava, e ainda estou, muito feliz por estar aqui. O que tenho a dizer aos adeptos é que são incríveis, pela forma como nos apoiam mesmo quando perdemos. Estão sempre connosco e por isso estão sempre no meu coração. É por isso que os devemos respeitar, por estarem sempre do nosso lado. O mais importante é ganhar jogos e tentar ganhar títulos, mas acredito que o Manchester United vai voltar ao patamar a que pertence. Por vezes é preciso tempo mas eu acredito”, afirmara antes o jogador, após uma época sem títulos e com um sexto lugar na Premier League.

“Mais de 800 golos? Os recordes surgem de forma natural. Não os persigo, eles é que me perseguem, portanto é bom. É uma motivação para continuar a trabalhar no duro, assim como o amor pelo jogo, e o clube e os meus companheiros ajudam-me em todo o trajeto, portanto só tenho a agradecer. É sempre bom marcar pelo clube e quando é um hat-trick ainda melhor mas o mais importante para mim é tentar ganhar jogos e conquistar campeonatos ou taças”, acrescentou na mesma entrevista aos meios do clube.

1, 2, 3, 400, 800 e mais um: Ronaldo bisa, alcança mais um registo histórico e dá vitória ao United frente ao Arsenal

“Erik ten Hag fez um trabalho fantástico no Ajax, é um treinador experiente, mas precisamos de lhe dar tempo. As coisas terão de mudar da forma que o treinador quiser, espero que tenhamos sucesso com ele. Desejo-lhe o melhor, estamos felizes e ansiosos, não só os jogadores, mas também os adeptos. Vamos acreditar que no próximo ano vamos ganhar troféus”, concluiu Cristiano Ronaldo.