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Homenagem a Ruy de Carvalho, Pommerat e uma peça de Pedro Penim: o que poderemos ver no D. Maria II nos próximos meses

Este artigo tem mais de 1 ano

Foi apresentada a programação do T.N.D.Maria II para a rentrée. A primeira temporada de Penim como diretor arranca com uma peça do próprio, mas há mais para ver até a sala encerrar para obras.

Pedro Penim substituiu Tiago Rodrigues como diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II e os espectáculos programados para os próximos meses foram os que escolheu apresentar primeiro enquanto diretor
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Pedro Penim substituiu Tiago Rodrigues como diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II e os espectáculos programados para os próximos meses foram os que escolheu apresentar primeiro enquanto diretor

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Pedro Penim substituiu Tiago Rodrigues como diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II e os espectáculos programados para os próximos meses foram os que escolheu apresentar primeiro enquanto diretor

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Está revelada a primeira temporada de espectáculos assumida por Pedro Penim enquanto diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II — mesmo que a definição da programação tenha sido feita ainda em conjunto com o antecessor, Tiago Rodrigues.

O primeiro conjunto de espectáculos apresentados pelo atual diretor do teatro público lisboeta é porém mais curto do que o habitual: as propostas reveladas publicamente são apenas para os quatro meses que distam de setembro a dezembro de este ano. Tal deve-se às obras previstas para 2023, com recurso a fundos do PRR, que vão encerrar o teatro e dar origem a uma programação de espectáculos itinerante pelo país.

Tendo como mote a ideia de “Antecipar o Futuro” — porque, segundo Penim, “estamos num fim de ciclo” para a sala mas “estamos também já na antecâmara do que está por vir” após a renovação do espaço —, a temporada arranca com “Casa Portuguesa”, uma peça original do próprio diretor artístico do espaço, que aquando do início de funções lembrara já que fora escolhido também pelo seu trabalho como ator e encenador.

Em cena entre 22 de setembro e 16 de outubro, a peça de Penim será interpretada pelos atores João Lagarto, Carla Maciel e Sandro Feliciano, tendo também participação de Lila Tiago e João Caçador, membros do projeto musical e de defesa de direitos humanos Fado Bicha. Posteriormente, para promover a circulação de produções do TNDMII pelo país, será apresentada pelo menos no Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre (12 de novembro) e no Teatro das Figuras de Faro (19 de novembro).

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O espectáculo inspira-se num conhecido fado (“Uma Casa Portuguesa”), numa obra diarística referente a vivências na Guerra Colonial (“No Planalto dos Macondes”, publicada por Joaquim Penim, pai de Pedro Penim) e num ensaio do filósofo Emanuele Coccia (“Filosofia Della Casa”). Na sinopse oficial, é descrito do seguinte modo:

Conta a história (ficcional) de um ex-soldado da Guerra Colonial que, dialogando com os seus fantasmas, se vê confrontado com a decadência e a transformação do ideal de casa, de família, de país e do cânone da figura paterna. Um retrato do que foi, do que é e do que poderá ser (ou não ser) a célula familiar patriarcal por excelência, a casa, tendo como pano de fundo os acontecimentos recentes da nossa democracia e revisitando a mais dolorosa das feridas abertas da nossa história.”

Em outubro, o regresso de Pommerat a Portugal

Nesta programação agora revelada, que tem também como mote a ideia de “Antecipar o Futuro” porque, segundo Penim, “fazer teatro é sempre assim, este exercício entre a nostalgia e o futurismo, esta antecipação do que ainda não se conhece e não se viu, regida pelas bases milenares desta forma de arte”, é ainda adiantado que será possível ver a primeira edição do Festival Antecipar o Futuro.

Trata-se de um festival já previamente anunciado, uma iniciativa conjunta de Teatro Nacional D. Maria II, NTT DATA e O Espaço do Tempo (em Montemor-o-Novo) de investimento na “pesquisa e investigação” no teatro, promovendo “um programa de residências” para jovens artistas. Nesta edição poderão ser vistos trabalhos de Ana Libório, Bruno José Silva, Carlos Cardoso e João Estevens (“Cosmic Phase / Stage”) e também de Odete, que apresentará um trabalho que por ora tem apenas um título provisório, “Atlântida”. A programação completa do festival, porém, ainda será revelada futuramente.

Para Pedro Penim, o próximo diretor artístico do Teatro D. Maria II, “não basta ser artista”

Entre 1 e 22 de outubro, o D. Maria II vai acolher “leituras encenadas de teatro brasileiro” e nesse mesmo mês terá também peças de Marco Paiva (“Zoo Story”, de 6 a 23 na Sala Estúdio, a partir de um texto de Edward Albee) e do autor e encenador francês Joël Pommerat,  (“Ça Ira (1) Fin de Louis”, de 28 a 30 na Sala Garrett).

A peça de Pommerat, que regressa depois de já ter apresentado peças em Portugal (no Festival de Almada), é apresentada como uma “ficção política contemporânea inspirada no processo revolucionário de 1789″, lançando questões como “o que leva os homens a derrubar o poder?” e “que novas relações devem ser estabelecidas entre o homem e a sociedade, o cidadão e seus representantes”?

Homenagem a Ruy de Carvalho e Festival Alkantara em novembro

Novembro, por sua vez, arranca com uma conferência internacional (“European Theatre Convention – ETC”) e com o espectáculo “Cadernos De”, de Raquel S., que poderá ser visto entre os dias 3 e 13 na Sala Estúdio. A programação prossegue com “uma versão trans de Pinóquio, baseada em factos reais” —  o espectáculo “The Making of Pinocchio” da dupla de Glasgow Rosana Cade e Ivor MacAskill, que será apresentado nos dias 12 e 13 no Teatro Nacional, incluído na programação do Festival Alkantara.

O mesmo festival levará ao D. Maria II a peça “Mascarades” (18 a 20), da bailarina e coreógrafa francesa Betty Tchomanga, terminando o mês com apresentações da peça “Dobra”, de Romain Beltrão Teule (artista que trabalha regularmente entre Portugal e França, nascido em Paris mas filho de pai francês e mãe brasileira) e com uma homenagem ao ator Ruy de Carvalho, pelos seus 80 anos de carreira. Os detalhes da homenagem serão posteriormente revelados.

Ruy de Carvalho, que com 95 anos celebra 80 de carreira, será homenageado no Teatro Nacional D. Maria II

ANDRÉ MARQUES / OBSERVADOR

Já em dezembro, o Teatro Nacional D. Maria II recebe a sexta edição do festival “Esta noite grita-se”, um conjunto de leituras interpretadas de textos de teatro, e o espectáculo “Espelhos e Monstros” de Paula Diogo.

Programadas estão também o ciclo de conversas “Clube dos Poetas Vivos” (com uma conversa por mês, entre outubro e novembro, coordenado por Teresa Coutinho e com Lila Tiago, Xullaji e Muleca XIII como convidados), o magazine mensal “Ensaio Geral Ao Vivo no D. Maria II”, da Rádio Renascença, lançamentos de livros e a 15º edição do projeto PANOS, que encomenda peças originais a escritores para serem representadas por adolescentes. Este ano, o PANOS conta com textos originais de Ondjaki, Djaimilia Pereira de Almeida e André Tecedeiro.

Até dezembro, reforça-se também a circulação internacional da peça “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, do encenador e antigo diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues, atual diretor do Festival d’Avignon.  A peça será representada na Noruega (a 30 e 31 de agosto no StudioBergen), em França (em Paris, Caen, Cherbourg-en-Cotentin, Amiens e Toulouse), na Bélgica (entre 1 a 3 de dezembro, no Théâtre de Liège) e em Espanha (entre 21 e 22 de dezembro, no Teatre Lliure, em Barcelona).

Pedro Penim: “Se há coisa que não posso ser é um jovem encenador”

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