789kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Mapa da guerra. O que se sabe do 121.º dia do conflito na Ucrânia?

Este artigo tem mais de 1 ano

Quatro meses de guerra em território ucraniano, mais de 7 milhões de refugiados. Avanços e recuos nas posições estratégicas de defesa territorial. O que aconteceu na madrugada do 121.º dia de guerra?

epaselect epa09965004 A destroyed tram at a tram depot in Mariupol, Ukraine, 21 May 2022 (issued 22 May 2022). According to the Head of the self-proclaimed Donetsk People's Republic Denis Pushilin, 60 percent of the houses in Mariupol were destroyed, 20 percent of which cannot be rebuilt. The Chief spokesman of the Russian Defense Ministry, Major General Igor Konashenkov, said on 20 May that the long-besieged Azovstal steel plant in Mariupol was under full Russian army control.  EPA/ALESSANDRO GUERRA
i

ALESSANDRO GUERRA/EPA

ALESSANDRO GUERRA/EPA

Depois do Conselho Europeu ter atribuído o estatuto de candidato à Ucrânia na quinta-feira e no dia que se assinalam precisamente quatro meses sobre o início da invasão russa, a manhã começou com a confirmação oficial da retirada dos militares ucranianos que defendiam há várias semanas Severodonetsk da investida russa.

O Kremlin apelidou a candidatura da Ucrânia à UE de “assunto interno europeu”, o Presidente Zelensky falou aos festivaleiros em Glastonbury e dois mil soldados terão sido cercados no Donbass, segundo Moscovo. Além disso, a embaixadora da Ucrânia em Portugal considerou o dia de ontem como “simbólico e histórico”.

Um deputado da Duma avisou que a Rússia está preparada para uma guerra “colossal” contra a NATO, os serviços secretos ucranianos desmantelaram uma rede de espionagem russa que envolvia um deputado ucraniano e o Presidente Zelensky comparou o percurso do país na adesão à UE com a escalada do monte Evereste.

O que aconteceu no final da tarde e durante a noite?

  • Rússia preparada para guerra “colossal” contra a NATO, avisa deputado da Duma. Na guerra é preciso considerar “todas as opções”. Até mesmo uma “guerra colossal” a envolver a Aliança Atlântica, disse Andrey Gurulyov, deputado do parlamento russo e aliado próximo de Putin.
  • A Euromaidan Press publicou o vídeo do centro da cidade de Popasna, em Lugansk, destruído pelos bombardeamentos das tropas russas. Os soldados ucranianos abandonaram a cidade a 8 de maio, depois de cerca de dois meses de combate sob fogo de artilharia inimiga.
  • Pelo menos três mil golfinhos morreram no Mar Negro desde o início da invasão russa à Ucrânia. , afirmou um grupo de cientistas ucranianos. Os sonares e explosões presentes no Mar Negro “impedem os golfinhos de encontrar comida”.
  • A Ucrânia precisaria de 10 anos para construir infraestruturas capazes de substituir os portos do mar Negro, cujo bloqueio pela Rússia impede a exportação de cereais para todo o mundo, disse hoje o vice-ministro ucraniano da Política Agrária.
  • Os Serviços de Segurança do Estado da Ucrânia (SBU) afirmam ter desmantelado uma rede de espionagem russa que envolvia o deputado ucraniano Andriy Derkach.
  • Os últimos metros na conquista do monte Evereste. É assim que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky vê o percurso que falta ao país até conseguir ter o estatuto de membro da União Europeia. Para Zelensky, devem ser relembrados sempre os “primeiros sete mil metros”, e o povo ucraniano “não deve ter vergonha de falar das suas conquistas”.
  • Um soldado russo que, juntamente com outros militares de Moscovo, fez nove homens reféns na cidade de Irpin em março vai ser julgado.
  • O autarca de Melitopol disse que as tropas russas já sequestraram mais de 500 pessoas em Melitopol desde o início da guerra, há quatro meses.
  • Desde o início da invasão à Ucrânia, a Rússia lançou 70 mísseis contra Odessa, afirmou hoje a procuradoria regional daquela região.
  • O general ucraniano Valeriy Zaluzhniy, número um das Forças Armadas do país, disse hoje à sua contraparte norte-americana que a Ucrânia precisa de atingir “paridade de poder de fogo” com as tropas russas para “estabilizar” a situação na região de Lugansk.
  • O porta-voz dos serviços de emergência ucranianos, Oleksandr Khorunzhiy, disse hoje que a Ucrânia precisará de pelo menos 10 anos para desminar o seu território, tanto em terra como no mar.
  • A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, afirmou hoje que a decisão da União Europeia de conceder à Ucrânia o estatuto de país candidato terá “consequências negativas”.
  • O autarca de cidade ucraniana de Mykolaiv apelou “toda a gente que queira permanecer viva a sair da cidade”. Atualmente, cerca de 230 mil pessoas encontram-se na cidade do sul do país.
  • Os Serviços de Informação da Ucrânia acreditam que a Rússia planeia explodir uma zona residencial da cidade bielorrussa de Mazyr, de modo a envolver a participação de Minsk na guerra da Ucrânia.
  • A Polónia irá receber 450 milhões de euros do Banco de Desenvolvimento do Conselho Europeu para ajudar o país com a receção de refugiados da Ucrânia.

O que aconteceu no final da manhã e durante a tarde?

  • O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, deixou um alerta para o “risco real” de várias crises de fome este ano em consequência da guerra na Ucrânia.
  • O site do Partido Comunista Português (PCP) e a página da Juventude Comunista Portuguesa foram atacados por um grupo de piratas informáticos em protesto contra a posição do partido na votação de apoio ao estatuto de candidato à UE da Ucrânia.
  • Um aliado próximo de Putin aviso hoje que, caso ocorra uma Terceira Grande Guerra, Londres seria bombardeada em primeiro lugar.
  • O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, admitiu hoje que o país enfrentaria “decisões difíceis” caso ocorra uma escassez de gás. Na semana passada, a empresa de energia estatal russa Gazprom reduziu em 60% a exportação de gás pelo Nord Stream 2 para a Alemanha.
  • Costa diz que é “muito difícil antecipar no horizonte” onde pode chegar inflação causada pela guerra. UE quer acelerar transição energética.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros russo acusou hoje a União Europeia e a NATO de criarem uma coligação para uma guerra com a Rússia, à semelhança do que fez Hitler com a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial.
  • Marinha russa terá ordens para armadilhar portos ucranianos no Mar Negro. Operação para colocar minas nos portos ucranianos fará parte do bloqueio russo às exportações de cereais ucranianos desde o Mar Negro, revelam Estados Unidos.
  • Esta semana, comboios de Moscovo para exclave de Kaliningrado passaram a parar 1 hora em Kybartai. Na estação lituana há wi-fi grátis, mas para aceder à rede é preciso ver imagens da guerra na Ucrânia.
  • Um dia depois de o Conselho Europeu ter confirmado a atribuição do estatuto oficial de país candidato à Ucrânia, multiplicam-se as reações e o sentimento de satisfação sobretudo entre a população ucraniana. Em Portugal, não é exceção — a embaixadora ucraniana, Inna Ohnivets, aplaude prontamente a decisão anunciada esta quinta-feira pelos líderes europeus.
  • No mesmo dia em que a Ucrânia faz saber que vai retirar os homens de Severodonetsk, o Kremlin reclama ter cercado dois mil soldados ucranianos na região do Donbass.
  • Com milhares de pessoas reunidas em Glastonbury até ao próximo domingo, o Presidente ucraniano aproveitou a oportunidade para tentar apelar a que se “espalhe a verdade sobre a Rússia”.
  • “Assuntos internos europeus”, é assim que o Kremlin reage ao passo dado ontem na admissão formal da candidatura da Ucrânia e Moldávia à União Europeia. O porta-voz de Moscovo, Dmitry Peskov diz que é “difícil estragar ainda mais” as relações entre o Kremlin e a União Europeia e que o facto de a Ucrânia e a Moldávia terem passado a candidatos oficiais à União Europeia é uma questão “doméstica”.
  • António Guterres defende que Rússia não deve ser excluída da conferência dos Oceanos. Secretário-geral da ONU considera que o objetivo é fazer com que países alterem comportamentos e Rússia tem um “contributo importante para a poluição dos oceanos e para as alterações climáticas”.
  • “Num dos seus recentes discursos públicos, o Presidente russo Vladimir Putin chamou ao Ocidente um ‘império de mentiras’. E eu concordo absolutamente com ele”, disse esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em entrevista à emissora nacional da Bielorrússia.

O que aconteceu na manhã?

  • O Reino Unido prometeu 400 milhões de euros em ajuda aos países afetados pela crise alimentar. Boris Johnson comprometeu-se com uma ajuda de cerca de 400 milhões de euros destinada aos países mais afetados pelo aumento dos custos dos alimentos e escassez de fertilizantes, incluindo cerca de 151 milhões diretamente para o Programa Alimentar Mundial da ONU;

  • O exército russo intensificou os ataques aéreos e terrestres em Severodonetsk e Lisichansk, principais cidades da região de Lugansk, no leste da Ucrânia, avançou hoje o Estado-Maior das Forças Armadas ucraniano;
  • Avião militar russo cai a 200 quilómetros de Moscovo. Um avião de carga da força aérea russa — o IL-76 — que estaria alegadamente a fazer um voo para reabastecimento, caiu na quinta-feira a cerca de 200 quilómetros de distância da capital russa.

  • A Ucrânia anunciou a captura de piloto russo, antigo militar da Força Aérea contratado pelo Grupo Wagner. As forças ucranianas revelaram que capturaram, no passado dia 17 de junho, um piloto russo, poucos instantes depois de o avião Su-25 que comandava ter sido atingido e se ter despenhado.

Antes, ainda na noite de ontem:

  • Os líderes europeus apelidaram a decisão de candidatura da Ucrânia como “histórica”, numa cimeira do Conselho que evidenciou a “frustração” dos Balcãs Ocidentais. Ucrânia ganha estatuto, mas negociação não será fácil (nem rápida).
  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o Reino Unido está disponível para ajudar nas operações de desminagem da costa sul da Ucrânia, de forma a escoar milhões de toneladas de cereais que estão retidos no país.
  • O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu aos líderes europeus reunidos em Bruxelas por aquele que foi descrito pelo próprio como “o ponto de partida da nova história da Europa”.
  • Vários líderes europeus, como as Presidentes da Geórgia e da Moldova e o Presidente da Ucrânia reagiram à decisão da União Europeia. Também António Costa, Macron e Charles Michel, de entre outros, comentaram a decisão.
  • O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a atribuição à Ucrânia do estatuto de candidato à União Europeia “é uma decisão justa, inteligente, lúcida e de futuro”, tendo-se mostrado ainda satisfeito com a mesma atribuição à Moldova.
  • O Conselho Europeu concordou na quinta-feira em reconhecer a “perspetiva europeia” da Geórgia e “está pronto para atribuir o estatuto de país candidato assim que algumas medidas prioritárias sejam abordadas”, explicou o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora