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Um encontro entre o presidente russo e Volodymyr Zelensky parece estar mais próximo — há, pelo menos, indícios que apontam nesse sentido.

Ainda esta quinta-feira o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que está em Lviv, vai oferecer-se para mediar um encontro entre os dois presidentes. A proposta não é nova, mas desta vez surge num contexto muito diferente, segundo avançam fontes russas.

Está prevista a realização de uma cimeira trilateral, durante a qual serão abordadas medidas potenciais destinadas a manter cada vez mais as atividades do mecanismo formado para exportar os cereais ucranianos para os mercados mundiais e pôr fim à guerra Ucrânia-Rússia através de vias diplomáticas, como parte da visita com a participação do Presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, e do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres”, lê-se no site da Presidência turca.

Zelensky tem procurado um encontro bilateral com Putin, mas Moscovo sempre rejeitara essa possibilidade. Agora, fontes russas citadas pela CNN Turquia, admitem que o encontro possa acontecer, inclusivamente antes de haver uma acordo entre as delegações ucranianas e russas de forma a acabar com a guerra.

Se depois da cimeira de Sochi, a 5 de agosto, o Presidente russo defendia que primeiro as negociações deveriam acontecer entre as delegações para definir uma linha de atuação e só depois se colocaria a hipótese de um encontro entre Presidentes, agora a posição será outra. “Primeiro, os líderes podem encontrar-se e determinar um roteiro. Depois as delegações podem começar a trabalhar para implementar esse roteiro”, explicam as mesmas fontes citadas pela CNN Turquia.

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Alguns analistas, porém, consideram que esta proposta de um diálogo pacífico por parte da Rússia surge, por um lado, porque os russos não estão a ganhar território na Ucrânia e, por outro, porque querem dizer à Europa que quem tem interesse em continuar a guerra é Kiev. Para trazer este tipo de mensagens para ocidente, Putin conta com as figuras europeias leais ao regime, como o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder que esteve em Moscovo recentemente e falou na disponibilidade do Kremlin para as negociações de paz.

Atualizado às 14h00