Marcação cerrada ao primeiro-ministro. No dia em que se fez à estrada em trabalho político no distrito de Viseu, onde vai passar uma semana, Luís Montenegro voltou a acusar António Costa de estar a faltar à verdade aos portugueses no tema das pensões e desafiou o primeiro-ministro a ser mais “transparente” e a ter menos “cobardia política”.

“António Costa não tem coragem para dizer [a verdade] aos portugueses. Faço um desafio a António Costa para deixar este estilo de cobardia política e diga aos portugueses ‘estou a tirar mil milhões de euros ao sistema de pensões para as tornar mais sustentáveis no médio e no longo prazo'”, afirmou o líder social-democrata durante uma visita ao concelho de Mortágua.

Para o presidente do PSD, as sucessivas declarações do primeiro-ministro a garantir que não estava em causa qualquer corte no pagamento de pensões mais não são do que um jogo de palavras. “António Costa anda a brincar com as palavras e através dessa brincadeira anda a brincar com os portugueses”, atirou Montenegro.

“Não pode brincar com as palavras: decidiu um corte de mil milhões de euros no sistema de pensões. Isso é inegável. É matemático. [Dizer que não há corte] não é política séria. Isto não é política de verdade. Isto não é política de coragem. E nós precisamos de um Governo corajoso e verdadeiro”, insistiu o líder social-democrata.

Numa referência ao período de intervenção da troika em Portugal, que tem servido de arma de arremesso para os socialistas, Montenegro, que preferiu não se comprometer com qualquer solução para a atualização das pensões com os números de inflação previstos, devolveu a provocação a António Costa.

“Sei que quando tivemos a intervenção da troika, muitos dos nossos adversários, nomeadamente do PS, falavam disso como se nós tivéssemos um prazer em pedir sacrifícios às pessoas. Eu não faço isso a António Costa. O que quero é que seja corajoso e verdadeiro”, rematou.

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