Washington disse esta quinta-feira que um regresso ao acordo nuclear com Teerão não é “provável a curto prazo”, acreditando que “o caminho diplomático é a melhor forma” de impedir o Irão de adquirir armas nucleares.

Não estamos numa situação em que [um regresso ao acordo nuclear com o Irão] seja um cenário provável de curto prazo”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

De acordo com John Kirby, os Estados Unidos não estão “perto de garantir um regresso do JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global)”.

“Os iranianos voltaram [às discussões] com exigências que não são razoáveis e que, para muitos, não tem nada a ver com o acordo em si”, observou.

Referindo-se também às manifestações desencadeadas pela morte de uma jovem iraniana, o porta-voz afirmou que o país está “concentrado” em “responsabilizar o regime pelo que está a fazer com os manifestantes inocentes”.

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A morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial, após ter sido detida por alegadamente ter usado o véu islâmico de forma indevida, desencadeou a maior de protestos e violência que o país viu quase em três anos.

Em 3 de outubro, Teerão havia considerado “ainda possível” relançar o acordo de 2015, assinado com as grandes potências para limitar o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções internacionais.

As negociações foram retomadas há um ano e meio em Viena, mas atualmente encontram-se paradas.