O Ministério Público (MP) vai investigar as agressões, na passada quarta-feira, a uma aluna de uma escola em Estoi, Faro, cujo vídeo foi divulgado na terça-feira nas redes sociais, disse esta quarta-feira à Lusa fonte policial.

A agressora e a vítima, ambas com 14 anos, frequentam o 8.º e 9.º ano na Escola Básica Poeta Emiliano da Costa, sendo que a aluna que agrediu a colega já tinha sido suspensa da escola, em setembro, no âmbito de um processo disciplinar desencadeado por agressões à mesma jovem, disse à Lusa o diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa.

Pedi imediatamente à coordenadora da escola a instauração de um procedimento disciplinar à agressora e a quem filmou e incentivou as agressões. Pedi também que fossem identificados todos os outros alunos por terem presenciado a agressão e nada terem feito em defesa da vítima”, referiu Francisco Soares.

No vídeo, é possível ver a vítima encostada a uma parede e a ser ameaçada e agredida fisicamente por outra jovem, rodeada por outros jovens, que nada fazem para impedir as agressões e ainda as incentivam, enquanto a vítima pede à agressora que pare e a deixe ir embora.

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Segundo o responsável do agrupamento escolar, as medidas a tomar ainda não foram decididas e só o serão após a realização de um procedimento disciplinar em que serão ouvidos todos os intervenientes, envolvendo também as famílias das jovens na resolução do problema.

Sublinhando que a comunidade escolar “não se revê de todo” nas imagens da agressão, que classificou como “gratuita e injustificada”, Francisco Soares alertou que deve haver “cuidados redobrados” a lidar com a situação, para que “não se produzam efeitos ainda mais nefastos” e não se gere ainda mais violência.

“A escola não se pode esgotar na aplicação de medidas sancionatórias, motivo pelo qual ativámos o gabinete de Psicologia para fazer uma intervenção com estas jovens e com as suas famílias”, referiu.

De acordo com o dirigente escolar, a agressão terá ocorrido no exterior da escola, a poucos metros do estabelecimento.

A família da vítima fez queixa ao Ministério Público e a escola reportou a situação à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).