O debate era sobre a TAP, mas os deputados não resistiram à polémica sobre o altar-palco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Esta quinta-feira, no parlamento, o tema até colocou de acordo Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e André Ventura, deputado do Chega. A deputada bloquista criticou o facto de ter sido aprovado, no Orçamento do Estado para 2023, um artigo que permite adjudicações por ajuste direto a empreitadas cujo custo seja inferior a 5,35 milhões de euros.

“Todas as auditorias são bem vindas, quer seja à privatização da TAP, à nacionalização e até à reestruturação”, afirmou a deputada bloquista, uma vez que uma das iniciativas legislativas em debate era uma proposta do Chega que pretende a criação de um mecanismo de auditoria permanente dos serviços do Estado. “Mas as auditorias não substituem o debate sobre as escolhas políticas. No OE 2023 houve partidos que fizeram uma escolha política pelo aumento do valor dos ajustes diretos para a JMJ”, nomeadamente o PSD, PS e IL. “E agora espantam-se. Quatro milhões de euros para construir um altar vergonhoso. Foi uma decisão política do PSD, PS e IL. Veja-se só o cuidado que há com os recursos públicos”, declarou Mortágua.

Estudos, empreitadas e mais de 13 milhões de euros. Os contratos públicos que o Estado já fez para a Jornada Mundial da Juventude

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