Podia ter sido um resultado melhor mesmo perante a qualificação aquém das expetativas, sobrou aquela que foi uma corrida sem erros com sinais positivos pela competitividade do carro. António Félix da Costa fez a estreia pela Porsche no Mundial de 2023 de Fórmula E na Cidade do México com um sétimo lugar e ficou com boas sensações para aquilo que se poderia seguir no campeonato, nomeadamente nas duas corridas que se iriam realizar em Diriyah (Arábia Saudita). Agora, numa semana marcada também pela confirmação no próximo Mundial de Resistência pela Hertz Team Jota, chegava o momento de dar o “salto” como o seu novo companheiro de equipa na formação germânica, Pascal Wehrlein, que foi segundo na prova de abertura.

“Não posso ficar contente, não faz parte do meu feitio, mas o carro está competitivo”: Félix da Costa arranca Mundial de Fórmula E em sétimo

“Quero continuar a evoluir e adaptar-me ao carro da Porsche, que tem algumas diferenças para com o que estava acostumado na DS. Acredito que vamos estar fortes em Riade e eu pessoalmente gosto deste circuito, pelo que vamos entrar em pista com o objetivo de trazer bons pontos para casa e se possível lutar por pódios. Sabemos que estamos competitivos mas os nossos adversários estão fortes também e seguramente vai ser mais um fim de semana onde se queremos ser bem sucedidos, tudo tem de sair na perfeição”, tinha referido na antecâmara da dupla jornada na Arábia Saudita, voltando a colocar de novo o foco na crescente competitividade que tem sentido em 2023 entre várias equipas e que se viu na Cidade do México.

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A qualificação mostrou isso mesmo, não só para o português mas também para a Porsche: Félix da Costa, que partira de nono na primeira prova, não foi além do 13.º lugar na qualificação para o ePrix Diriyah 1, ao passo que Pascal Wehrlein, terceiro na saída no México, partia agora da nona posição da grelha. Era uma missão que se complicava para o piloto nacional, que foi o primeiro vencedor na Arábia Saudita em 2018 a partir da pole position e acabou no último lugar do pódio em 2021 (na derradeira temporada, que coincidiu com o último ano na DS Techeetah, não terminou a corrida 1 e finalizou a corrida 2 em 12.º).

Se o contexto já era complicado, o arranque tornou tudo impossível: na primeira curva após a longa reta de partida, Félix da Costa foi tocado, perdeu parte do carro, teve de passar pelas boxes e desceu para a última posição, ficando sem margem de manobra para lutar pelos pontos e acabando no 18.º posto. Na frente, e mais uma vez, Pascal Wehrlein mostrou a competitividade da Porsche neste arranque de temporada, com a passagem de nono para segundo na metade inicial da corrida até à liderança que manteria até ao final, batendo o Avalanche Andretti de Jake Dennis (que ganhara no México) e o Jaguar de Sam Bird.