Nicola Sturgeon — a primeira-ministra escocesa que já ameaçou levar a tribunal o governo britânico que vetou recentemente a nova lei de identidade de género, aprovada pelo parlamento escocês, — está debaixo de fogo por causa de duas reclusas transexuais. Desde 2014 que as orientações dos Serviços Prisionais são para colocar os reclusos nas prisões consoante o género com que se identificam, mas o caso de Isla Bryson, considerada culpada esta semana por dois crimes de violação que cometeu quando era do sexo masculino, veio fragilizar a governante.

O tribunal decidiu terça-feira que Isla Bryson, 31 anos, deveria ser condenada por crimes de violação contra duas mulheres  praticados quando era ainda do sexo masculino e se chamava Adaam Graham. Legalmente ainda não mudou de sexo, nem de género, mas durante o decurso do processo judicial acabou por decidir assumir o género feminino, justificando mesmo que desde criança se sentia transgénero e no corpo errado.

A questão de onde iria cumprir pena foi logo colocada durante o julgamento, uma vez que em causa estava o crime de violação contra duas mulheres. E ficou decidido que deveria ser colocada numa prisão feminina pelo menos até aplicação da sentença. O caso chamou a atenção de vários quadrantes políticos com o próprio ministro da justiça a vir dizer que se a decisão era manter Bryson na prisão feminina, então era porque a primeira-ministra estava de acordo com ela.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.