O congressista George Santos foi acusado de assédio sexual por um antigo assessor. Numa carta endereçada ao Comité de Ética da Câmara dos Representantes dos EUA, partilhada na sexta-feira no Twitter, Derek Myers pede que a sua denúncia seja investigada.

O ex-assessor detalha que estava “sozinho” com George Santos no seu escritório, no dia 25 de janeiro, quando este lhe perguntou se “tinha um perfil do Grind”, “que é amplamente conhecido como uma rede social LGBTQ+, mais comummente usada para relações sexuais”. De acordo com a denúncia, Derek Myers alega que o congressista lhe disse que tinha uma conta nessa rede social e “insistiu”para que se sentasse ao seu lado “num pequeno sofá”.

Foi aí que George Santos terá colocado a mão no joelho do à época ainda assessor e o terá convidado para ir ao karaoke. Derek Myers afirma, na sua denúncia, que recusou porque não é “fã de discotecas” e não se considera “um bom cantor”. Com a recusa, o congressista terá movido a mão para a “parte interna da coxa e virilha” de Derek Myers e dito que o marido estava “fora da cidade”. O antigo assessor afirma que foi nesta altura que empurrou George Santos e saiu do escritório.

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A 30 de janeiro, Derek Myers alega que foi chamado ao escritório do congressista, onde lhe perguntaram sobre o seu passado enquanto jornalista, uma altura em que, segundo o The Guardian, enfrentou acusações relativas à divulgação pública de depoimentos gravados em tribunal. No dia seguinte, terá sido informado de que a “oferta de trabalho estava a ser retirada”.

Na carta enviada Comité de Ética da Câmara dos Representantes dos EUA, o assessor explica que, inicialmente, foi informado de que trabalharia no escritório do George Santos como voluntário, enquanto a sua documentação estivesse a ser processada — algo que demoraria vários dias. Agora, Derek Myers escreve que o trabalho voluntário violou “as regras de ética”.

Ao longo das últimas semanas, George Santos tem sido notícia devido a mentiras sobre o seu passado e por, entre outras coisas, ter inventado uma passagem pela Goldman Sachs.

Um cheque roubado, diplomas falsos e a fuga do Holocausto que não existiu. As mentiras do congressista George Santos